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Dilma toma posse na presidência do Brics nesta quinta-feira (30), em Xangai, na China

A então presidente Dilma Rousseff, o presidente russo Vladimir Putin, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, o presidente chinês Xi Jinping e o ex-presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em 2014 Foto: Arquivo/(Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (30), a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff será empossada na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB na sigla em inglês), também conhecido como Banco do Brics. Ela substitui Marcos Troyjo, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o período entre 2021 e 2025, prazo esse que cabe ao Brasil comandar a instituição financeira. Dilma presidirá o NDB até julho de 2025, quando acaba o mandato do Brasil no comando do Brics. A cerimônia oficial de posse de Dilma será na sede do NDB, na cidade chinesa de Xangai.

Dilma é economista e no banco há dois conselhos ao quais ela deverá se reportar. A estrutura hierárquica do banco é encabeçada pelo Conselho de Governadores, composto pelos ministros das finanças dos países-membros, instância máxima decisória. Abaixo está o Conselho de Administração, do qual a presidência executiva faz parte, mas sem direito a voto (salvo para casos de desempate nas votações).

O NDB foi criado em 2014 pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) com objetivo de financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países fundadores, economias emergentes e em desenvolvimento. Em nove anos de atuação já aprovou financiamentos de 32,8 bilhões de dólares para 96 projetos. A quantidade de países membros se elevou e atualmente são nove integrantes, após a admissão de Bangladesh, Egito, Emirados Árabes e Uruguai. Para acessar a página oficial do Brics na internet é só clicar neste link

Na lista oficial de países membros no portal oficial do Brcis falta a inclusão do Uruguai e do Egito | Imagem: Brics

Em nota, Brics ressalta a relevância internacional de Dilma

“Como Presidente do Brasil, Dilma Rousseff concentrou a sua agenda em assegurar a estabilidade económica do país e a criação de emprego. Além disso, durante o seu governo, foi dada prioridade à luta contra a pobreza, e os programas sociais iniciados sob os mandatos do Presidente Lula da Silva foram alargados e reconhecidos internacionalmente. Como resultado de um dos mais extensos processos de redução da pobreza na história do país, o Brasil foi retirado do Mapa da Fome da ONU.”

“A nível internacional, promoveu o respeito pela soberania de todas as nações e a defesa do multilateralismo, do desenvolvimento sustentável, dos direitos humanos e da paz. Sob o seu governo, o Brasil esteve presente em todos os fóruns internacionais de protecção climática e ambiental, culminando com a participação decisiva na realização do Acordo de Paris. Dilma Rousseff expandiu significativamente a cooperação com vários países da América Latina, África, Médio Oriente, e Ásia. Em Julho de 2014, ela participou com os países BRICS na criação do Novo Banco de Desenvolvimento e do Acordo de Reserva Contingente”, diz a nota do banco.

Na relação de projetos desenvolvidos pelo Brics nos últimos anos e que pode ser conferida clicando neste link está a relação detalhada dos 96 projetos, que exigiram um financiamento total de 32,8 bilhões de dólares. Segundo dados consolidados, no final de 2021 o Brics tinha 207 funcionários, sendo 62% homens e 38% mulheres. A adesão de Nangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai ocorreu em 2021.