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Dirigente do Avante deixa cargo no Governo do Estado, para apoiar candidato bolsonarista ao Senado


Marcel Andrade Carone tinha um salário de R$ 14 mil por mês, fruto de um acordo político e a remuneração era paga pelo contribuinte capixaba


A exoneração saiu publicada na edição do Diário Oficial desta última segunda-feira (20) | Imagens: Divulgação/DIO

Os contribuintes capixabas estão pagando R$ 14.401,66 por mês para o presidente estadual do Avante; Marcel Andrade Carone fazer política. O salário é pago pelo Governo do Estado do Espírito Santo para o político ocupar o cargo comissionado de Assessor Especial Nível III OCE 01. Estava e está “lotado” na Casa Civil desde 20 de abril último, por força de acordo político. O mesmo ocorre em Prefeituras Municipais da Grande Vitória, onde quem paga o acordo político é o contribuinte.

Em uma Prefeitura fora da Ilha de Vitória, os políticos são “empregados” como comissionados em salários que vão de R$ 14 mil até R$ 23.980,00. Após dois meses no emprego comissionado, o presidente do Avante decidiu pedir as contas porque não viu chance de obter o apoio do governador Renato Casagrande (PSB) para o candidato de seu partido, um pastor bolsonarista radical de extrema-direita e que se notabilizou recentemente em Vitória (ES) ao redigir o projeto “Eu escolhi esperar”, que quer incutir na cabeça dos jovens a somente fazer sexo após o casamento.

Último contracheque que consta na Transparência do Governo do Estado | Imagem: Transparência

Já são 13 interessados na única vaga ao Senado

Existe somente uma vaga para o Senado neste ano em todos os Estados e o Espírito Santo não é diferente. Até a primeira semana deste mês já haviam 13 postulantes ao cargo de senador, um “emprego” que garante oito anos e com um salário invejável, além de mordomias como casa funcional em Brasília, passagens aéreas e marketing com o uso do orçamento da União. A lista de pretendentes é grande, incluindo ex-senadores, ex-prefeitos e um ex-governador. Mas somente há uma vaga a ser deixada por Rose de Freitas (MDB), que está cumprindo o mandato de oito anos.

Diante da impossibilidade de conseguir o apoio para o candidato do seu partido, o Avante, Marcel Carone, decidiu abandonar a infraestrutura da máquina eleitoral do Governo do Estado e partir para a disputa independente e apoiar o pastor bolsonarista. O partido de Carone tem um candidato à Presidência, André Janones, que tem apresentado participação pífia e inexpressiva nas pesquisas eleitorais.