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Domingos Martins celebra o Dia do Município nesta segunda (12) em homenagem ao herói capixaba

O município de Domingos Martins celebra nesta segunda (12) o Dia do Município, cuja data rememora os 206 anos da morte do herói capixaba (foto no detalhe), que foi morto em 12 de junho de 1817 por liderar a Revolução Pernambucana | Foto: Divulgação

Nesta segunda-feira (12) a cidade capixaba de Domingos Martins celebra o Dia do Município. Entre as homenagens está a transferência simbólica da capital do Espírito Santo que, nesta segunda-feira não será Vitória, mas sim, Domingos Martins. A programação especial será a partir das 8 horas, na Praça da Biquinha, quando serão realizadas as homenagens póstumas ao herói capixaba Domingos José Martins, que dá nome à cidade, na Praça da Biquinha.

O evento terá sequência na Praça Dr. Arthur Gerhardt com a apresentação do grupo de danças infantil Rheinland e a solenidade de transferência simbólica da capital do Estado, doação do imóvel do antigo Hotel Imperador para o município e assinaturas de ordens de serviço.

A freguesia de Santa Isabel foi emancipada pelo decreto estadual nº 41 de 2 de outubro de 1891, mas chegou a ser extinta pelo decreto estadual nº 41 de 18 de janeiro de 1892. A emancipação foi restabelecida pelo decreto nº 29 de 20 de outubro de 1893, que regulamentou o nome do novo município de Domingos Martins, dentro do que foi preconizado pela lei estadual nº 1.307 de 30 de dezembro de 1921

Seu nome foi uma referência a Domingos José Martins, capixaba que foi líder da Revolução Pernambucana, tendo sido fuzilado na Bahia em 1817. No decorrer do século XX, sua área passou por transformações em sua composição, com a criação de distritos e o desmembramento de Marechal Floriano em 1991, que ganhou autonomia ao ser transformado em município.

Mais sobre Domingos José Martins

Domingos José Martins nasceu no sítio Caxangá, local que hoje é parte do município de Marataízes. Filho de Joaquim José Martins e D. Joana Luíza de Santa Clara Martins, Domingos iniciou seus estudos em Vitória, posteriormente se formando em Portugal.

A vida profissional de Domingos começa em Londres, pra onde viajou após se formar, como empregado na firma portuguesa Dourado Dias & Carvalho, chegando a condição de sócio desta firma. Ainda em Londres, Domingos entrou para a maçonaria e fez grandes amizades nos círculos liberais britânicos, adotando muitos dos valores da filosofia liberal e do iluminismo.

Ao voltar para o Brasil em 1813, Domingos fixou residência em Pernambuco, onde pretendia abrir uma filial de sua empresa e onde se apaixonou por Maria Teodora da Costa. A Recife do início do século XIX era uma das cidades mais populosas do Brasil, sua elite intelectualmente era a mais preparada do Brasil, formada pelo Seminário de Olinda, além disso, sua população era orgulhosa, não abaixava a cabeça para os estrangeiros desde os tempos da invasão holandesa.

A população mais carente odiava os portugueses pelos altos impostos, o recrutamento forçado e o alto custo dos alimentos. Naquela Recife, Domingos viu uma população que ansiava pelas ideias libertárias.

Domingos aos poucos se tornou uma liderança local, ele fundou a loja maçônica “Pernambuco do Ocidente” e, como comerciante, ajudava quem pedia, promovia muitas festas no sobrado que alugara no Recife. Em paralelo, Domingos e seus companheiros planejavam a revolução.

Revolução pernambucana

Em 6 de março de 1817 a revolução foi realizada, os pernambucanos proclamaram uma república e Domingos José Martins fora nomeado um dos cinco governadores provisórios. A república pernambucana nasceu com forte sentimento nacionalista, mas durou pouco mais de dois meses. Em Junho de 1817, a república de Pernambuco fora derrotada e em 12 de Junho do mesmo ano Domingos Martins fora fuzilado no Campo da Pólvora. As últimas palavras de Domingos Martins foram “morro pela liber…”, interrompidas por seus fuziladores, que negaram-lhe a própria liberdade de se expressar.

Por seus feitos, Domingos é lembrado como homem dono de grande capacidade de resolução, ambicioso, educado, observador e inteligente. Sua visão de Pernambuco era a de um capítulo glorioso do iluminismo e do libertarianismo na América Latina.

Atualmente, Domingos José Martins é o Patrono da Polícia Civil do Espírito Santo (O coral da Polícia Civil leva seu nome), do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e é lembrado como um dos precursores da Independência do Brasil. Vitória possui uma loja maçônica que carrega seu nome e, em 1921, o município de Santa Isabel foi renomeado para “Domingos Martins” para homenageá-lo.

Serviço:

Dia do Município – 12 de junho

  • – 8h: Homenagem Póstuma – Praça da Biquinha
  • – 8h30: Apresentação do grupo de danças infantil Rheinland – Praça Dr. Arthur Gerhardt
  • – 9h: Solenidade de transferência simbólica da capital do Estado, doação do imóvel do antigo Hotel Imperador para o município e assinaturas de ordens de serviço – Praça Dr. Arthur Gerhardt