“Se for necessário pegar em armas para nos defendermos, nós faremos. O brasileiro de verdade não foge a luta, Somos uma nação pacifica e ordeira, mas há um momento em nós precisamos agir”
— Mauro Sérgio Aiello, pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil em Mogi das Cruzes (SP)
Durante culto realizado pelo pastor Mauro Sérgio Aiello, da Igreja Presbiteriana do Brasil em Mogi das Cruzes (SP), neste último domingo (8), exatamente no mesmo momento em que terroristas bolsonaristas promoviam a destruição das sedes dos Três poderes, ele fez a defesa dos golpistas e propôs que o “cidadão brasileiro deve pegar em armas para se defender.” A pregação política do pastor viralizou nesta quarta-feira (11).
Assim que o culto de cunho político ganhou as manchetes dos noticiários, a Igreja Presbiteriana do Brasil em Mogi das Cruzes retirou todos os vídeos da sua conta no YouTube e a página oficial da igreja da cidade do interior paulista foi retirada do ar. O evangélico disse durante a sua pregação, que foi transmitida ao vivo pelo canal da da igreja no Youtube, que aquele era o momento é de “agir”. Na sua conta pessoal no Facebook há muitas postagens expressando ódio contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e elogios ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele ainda defendeu as pessoas que destruíram o patrimônio público: “Agora temos aqueles senhorzinhos, vozinhos, vozinhas lá em Brasília sendo chamados de terroristas, enquanto os verdadeiros terroristas estão no governo. Eles inverteram a ordem. Vivemos momento extremamente delicado em nossa nação. Eu acho e entendo conveniente que ergamos uma voz à Deus em oração, pedindo que o Senhor se manifeste”, disse o pastor da Igreja Presbiteriana.
Ainda na sua pregação dentro do templo religioso, o evangélico levantou dúvidas quanto à confiabilidade das urnas eletrônicas. “Antigamente a gente dizia assim: ‘Nós vamos mudar o Brasil nas urnas’. Alguns diziam: ‘É nas urnas que nós vamos mudar o Brasil’. Não é bem assim, meus irmãos! Eu me senti como marionete indo às urnas e vendo que fiz até o papel de palhaço, porque estava tudo certinho. Está tudo ajeitado (…) Tudo foi arranjado. Nós fizemos parte do jogo”, afirmou o pastor Mauro Sérgio Aiello no púlpito da igreja evangélica.
Ao ser procurado pela imprensa, ele disse que fazia a pregação como cidadão: “Eu sou cidadão e tenho a minha opinião. Ao ser questionado do uso do púlpito de uma congregação religiosa para fazer apologia aos atos criminosos, ele deu a seguinte justificativa: “Eu sou responsável pelo que eu falo não sou responsável pelo que as pessoas interpretam”.