A obra integra as ações de revitalização do Centro Administrativo da Capital, projeto prioritário do Governo do Estado. O valor estimado para a reforma é de mais de R$ 5 milhões. Após a reforma, o prédio de 10 pavimentos será utilizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES)
Motivo de constantes reclamações dos moradores do Centro Histórico de Vitória (ES), o Edificio Valia, localizado no início da Escadaria Maria Ortiz e que atualmente é ponto de abrigo de criminosos vai ser reformado pelo Governo do Estado. O edital está disponível no site do Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado do Espírito Santo (DER-ES). A sessão pública acontece no dia 18 de julho, às 14h, no auditório do DER, em Vitória. O valor estimado da obra é de R$ 5.198.813,51.
Localizado na rua Duque de Caxias ao pé da escadaria Maria Ortiz, o prédio com 10 pavimentos foi projetado em 1973, pelo arquiteto Marcelo Vivácqua, importante personalidade da arquitetura capixaba. Em 7 de fevereiro de 2019, o atual governo estadual anunciou que o prédio seria vendido. Em 29 de outubro daquele mesmo ano, a Secretaria de Gestão e Recursos (Seger) anunciou o leilão do prédio de 10 andares para o dia 25 de novembro de 2019, às 10h, pelo valor irrisório (ou doação) por apenas R$ 930 mil. A venda ou doação acabou não se concretizando.
Agora, é anunciada reforma
O projeto do Governo do Estado prevê a reforma e retrofit da edificação – técnica de revitalização em construções antigas adaptando às necessidades atuais –, com instalação de infraestruturas modernas. A obra integra as ações de revitalização do Centro Administrativo da Capital, projeto prioritário do Governo do Estado.
“Avançamos na recuperação de mais um imóvel público na área central da Capital cumprindo as metas propostas no Projeto Cidade Administrativa, desenvolvido pelo Governo do Estado, trazendo para esta região serviços que beneficiarão a economia e o turismo na região onde estão importantes atrativos turístico de nosso Estado”, destaca o secretário de Estado de Turismo Fernando Rocha.
Ainda segundo o secretário, esta é uma ação que vai ao encontro do processo de revitalização do Centro, com utilização de imóveis vazios, proporcionando atração de novas atividades e aumento da circulação de pessoas.
Prédio vai abrigar a FAPES
Depois de reformado, o prédio será utilizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES), acomodando aproximadamente 70 servidores. O prédio é composto de sete andares, mezanino e cobertura. De acordo com o projeto estão previstos andares corporativos para atividades administrativas e área de lazer na cobertura com vista para a Praça Oito e Baia de Vitória.
Todos os andares receberão áreas de apoio e estruturas de rede, energia, iluminação e climatização conduzidos por calhas, eletrodutos e trilhos, comportando, em média, 30 estações de trabalho, com flexibilidade na composição do layout.
Edifício vem servindo de ponto de apoio a criminosos
Moradores do Centro Histórico de Vitória vem, sistematicamente, reclamando de que o prédio abandonado vem servindo de abrigo para ladrões que atuam na região. Ao anoitecer a região do entorno do prédio vira local de perigo para a circulação de pessoas, além de os imóveis comerciais serem alvo de constantes arrombamentos.
A denúncia vem sendo feita por moradores do Centro. O local, curiosamente, serviu até pouco tempo atrás para ser depósito de arquivos da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp). Em 2019 a sociedade questionou o Governo do Estado porque não destinava o imóvel para o programa de habitação popular.