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Em três anos a taxa de desemprego no Espírito Santo cai de 11,6% para os atuais 4,5%


De acordo com o IBGE também reduziu a quantidade de trabalhadores que procuraram emprego, sem sucesso, por mais de dois anos


Em três anos, taxa de desemprego no Espírito Santo cai de 11,6% para os atuais 4,5% | Foto: Reprodução

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo IBGE, a taxa de desemprego no Espírito Santo vem apresentando um ritmo de queda a cada trimestre. Enquanto que no Governo Bolsonaro, 11,6% dos trabalhadores capixabas estavam desempregados no segundo trimestre de 2021, agora, no Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quantidade de pessoas sem trabalho caiu para os atuais 4,5%.

De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, entre os dados apurados pelo PNAD em janeiro, fevereiro e março deste ano, quando a taxa de desemprego no Espírito Santo estava em 5.9%, a queda para o trimestre seguinte deste ano (abril, maio e junho) foi de menos 1,4 ponto percentual (p.p.), ao passar de 5,9% para 4,5%.

A redução progressiva na taxa de desemprego no Espírito Santo, segundo o PNAD do IBGE

Cenário nacional

Nacionalmente, o IBGE informa que a taxa de desemprego no segundo trimestre de 2024 caiu para 6,9%, recuando um ponto percentual frente ao primeiro trimestre e chegando ao seu menor valor para um segundo trimestre desde 2014 (6,9%). “Esse recuo na taxa de desocupação (desemprego) do país foi acompanhado por 15 das 27 Unidades da Federação (UF)”, diz o IBGE em nota.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, “a queda da taxa de desocupação (desemprego) em nível nacional no segundo trimestre de 2024 também foi observada regionalmente, com 15 unidades da federal registrando queda significativa desse indicador, sendo os destaques Piauí e Bahia, onde a retração foi superior a dois pontos percentuais. Vale ressaltar que nos estados onde a queda não foi estatisticamente significativa, o panorama foi de estabilidade. Dessa forma, nenhum estado apresentou aumento da taxa de desocupação (desemprego) na comparação com o primeiro trimestre de 2024”.

No segundo trimestre de 2024, em todas as faixas de tempo de procura por trabalho a população desocupada recuou acima dos 10%: o grupo dos que buscavam trabalho por menos de um mês teve redução de 10,2%, o dos que procuravam trabalho de um mês a menos de um ano diminuiu 11,0%, o contingente dos que buscavam trabalho por um ano a menos de dois anos recuou 15,2% e a faixa com maior tempo de procura (dois anos ou mais) teve a maior redução percentual: 17,3%.

Além disso, o número de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais recuou para 1,7 milhão, seu menor valor, para um segundo trimestre, desde 2015. Segundo Adriana Beringuy, “o crescimento da ocupação tem refletido positivamente entre os que buscam trabalho, à medida que passam a registrar menor tempo de procura. O crescimento da demanda por trabalhadores em várias atividades, como comércio e serviços de baixa ou alta complexidade, tem contribuído para a retração desse tempo de procura. Como exemplo, nesse segundo trimestre de 2024, o contingente de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais atingiu seu menor valor para um segundo trimestre, desde 2015”.

Gráfico do IBGE mostrando a queda contínua do desemprego no Espírito Santo

Taxa de desemprego das mulheres é de 8,6% e a dos homens, 5,6%

A taxa de desemprego por sexo foi de 5,6% para os homens e 8,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,5%) e acima para os pretos (8,5%) e pardos (7,8%).

Já a taxa de desemprego para as pessoas com ensino médio incompleto (11,5%) foi maior que as dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,1%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,6%).