fbpx
Início > Em Vitória (ES), as comemorações do 1º de maio vão ocorrer no Portal do Príncipe

Em Vitória (ES), as comemorações do 1º de maio vão ocorrer no Portal do Príncipe

Em Vitória (ES) as comemorações vão ocorrer na Praça José Luiz Gobbi (foto no detalhe), no complexo do Portal do Príncipe, em frente à Rodoviária de Vitória, das 8h às 13 horas | Imagem: Governo do ES

As centrais sindicais CUT, Intersindical. Pública. NCS é CTB estão convocando as entidades sindicais, movimento social organizado, estudantil, coletivos e a população em geral para participar do evento “Emprego renda direito e democracia” em homenagem ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. Em Vitória (ES), a comemoração ocorrerá nesta segunda-feira, 1º de maio, Dia do Trabalho.

O ato acontece na Praça José Luiz Gobbi, Portal do Príncipe, em frente à Rodoviária de Vitória (ES), das 8h às 13 horas contará com ato político e atividades culturais como apresentação como apresentação do Coral Serenata de Favela, poesia, samba intinerante e lazer para as crianças (pula-pula, picolé, pipoca algodão doce). “Venha participar e traga sua bandeira. A rua é nossa”, diz a CUT em comunicado.

Pautas da classe trabalhadora:

As centrais sindicais mobilizaram as suas bases com materiais que destacaram as pautas prioritárias a serem defendidas neste 1º de Maio. São elas:

Valorização do salário mínimo

A Política de Valorização do Salário Mínimo tem impacto positivo direto no bolso do trabalhador, na economia do país, melhorando também o poder de compra dos aposentados e pensionistas da previdência social. Quando a população ganha mais, consome mais e a indústria e o campo produzem mais, gerando mais empregos.

Fim dos juros extorsivos

Juros altos só trazem dívida ao trabalhador. Quem gosta são os bancos. Com os juros mais baixos o endividamento das famílias diminui e com menos dívidas, o brasileiro consome mais e melhor, mais consumo gera mais produção e mais empregos.

Direito fundamental no trabalho, a negociação coletiva cria regras da relação entre trabalhadores e patrões. Sindicatos fortes resultam em acordos coletivos fortes.

Mais empregos e renda

Somente com emprego de qualidade, a renda do trabalhador melhora e o país cresce. Mais de 12 milhões de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros não têm carteira assinada, 40 milhões estão na informalidade.

Direitos para todos

A luta das Centrais é por toda a classe trabalhadora, sindicalizada ou não. Trabalho decente e empregos de qualidade para todos os brasileiros e brasileiras garantem uma sociedade mais igual e mais justa, democrática e soberana.

Convenção 156 OIT

Pela igualdade de oportunidades e tratamento para mulheres e homens trabalhadores que se desdobram entre trabalho e família. As mulheres sofrem mais com o desemprego que os homens porque acumulam mais jornadas, engravidam, cuidam dos filhos e são demitidas por isso. Isso tem de mudar.

Trabalho igual, salário igual

Mulheres ganham até 30% menos do que os homens na mesma função. Essa disparidade acontece mesmo quando trabalhadoras e trabalhadores têm a mesma escolaridade, mesma idade e mesma cargo.

Aposentadoria digna

As Centrais Sindicais propõem série de medidas para melhorar a qualidade do atendimento a aposentados e pensionistas da Previdência Social.

Valorização do servidor e da servidora público

A servidora e o servidor público estão na linha de frente de serviços indispensáveis ao povo brasileiro. O que teria sido do Brasil na pandemia sem os serviços públicos. O trágico número de 700 mil mortes, a maior parte causada pelo negacionismo e incompetência do governo derrotado, teria sido ainda maior.

Regulamentação do trabalho por aplicativos

Trabalhadores e trabalhadoras por aplicativos não têm nenhum direito trabalhista nem previdenciário. Vamos mudar isso. A luta das Centrais Sindicais conquistou espaço de diálogo e negociação entre trabalhadores(as), empresas e governo, para regular as relações de trabalho nas empresas que oferecem serviços de entrega e condução por aplicativos.

Em defesa das empresas públicas

Governos passados venderam empresas públicas e o povo pagou a conta. Toda vez que o Brasil cresceu foi impulsionado pelas empresas públicas e estatais. Por isso, as Centrais Sindicais são contra as privatizações, que o governo passado fez, vendendo o patrimônio público a troco de banana.

Revogação dos marcos regressivos da legislação trabalhista

A reforma trabalhista de 2017 levou ao aumento da precarização, do bico, do desemprego. Só foi boa para patrão. Essa reforma causou um retrocesso, com mais informalidade, desemprego, precarização e terceirização do trabalhador e da trabalhadora e, portanto, menos direitos.

Fortalecimento da democracia

Derrotamos quem ameaçava nossa democracia, agora é fortalecer assa luta. O golpe de 2016, que tirou uma presidenta legítima, seguido da eleição de um governo de ultradireita colocaram a democracia brasileira em risco. Começamos a mudar essa história com a vitória de 2022.

Revogação do “novo” ensino médio

Porque desqualifica e prejudica os alunos, esvazia e rebaixa a qualidade de ensino. A unidade entre estudantes, professores, pais e mães e trabalhadores e trabalhadoras dos vários segmentos da sociedade é essencial para derrotar essa proposta que cria uma escola sem conteúdo com prejuízos aos alunos.

Desenvolvimento sustentável com geração de empregos de qualidade

Crescer e gerar empregos, sempre respeitando o Planeta porque uma hora a conta chega. O desenvolvimento produtivo do país tem que acontecer com o fortalecimento da indústria nacional e da agricultura de forma sustentável.

As comemorações ocorrerão em todo o Brasil. O principal palco será no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo (SP), a partir das 10h, com a presença do presidente Lula, autoridades e atrações musicais. Para marcar a data a CUT e as centrais sindicais Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB Intersindical organizam conjuntamente pelo quinto ano consecutivo as comemorações do 1º de Maio.

Cartaz de divulgação das comemorações de 1º de maio 2023 | Imagem: CUT do Espírito Santo

Centrais sindicais alegam motivos para festejar a data

De acordo com os organizadores, a classe trabalhadora volta a ter motivos para celebrar o 1º de Maio, Dia do Trabalhador, após a ascensão de Lula (PT), para um terceiro mandato presidencial depois de amargar quase dois anos de uma prisão injusta.

“Desde o golpe de 2016 e amargando os anos de abandono nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), de perdas de direitos com as reformas Trabalhista e da Previdência que retiraram direitos, reduziram ganhos e aumentaram o tempo de contribuição ao INSS, entre outras mazelas, os trabalhadores e trabalhadoras voltam a ter esperança de dias melhores, e por isso, as celebrações do 1º de Maio deste ano têm um sabor de vitória”, dizem as entidades em comunicado.

José Luiz Gobbi, que tem o nome da praça onde as comemorações vão ocorrer, interpretou no teatro uma personagem popular no Espírito Santo, a eterna solteirona Marly, e por isso ficou muito conhecido no Espírito Santo | Imagem: Arquivo/Reprodução

Praça onde o evento vai ocorrer

A praça onde vai ocorrer as comemorações de 1º de maio na capital capixaba foi inaugurada no dia 19 de dezembro de 2021 pelo governador Renato Casagrande. A praça homenageia o ator, diretor, produtor cultural, professor de teatro na Fafi, servidor do Tribunal de Contas do Estado e morador do Centro Histórico de Vitória (ES), José Luiz Gobbi, falecido aos 66 anos em 13 de maio de 2021.

A denominação foi feita através do Anexo I da Lei nº 10.975, de 14 de janeiro de 2019, onde atribuiu o nome de José Luiz Gobbi à nova praça situada entre as Avenidas Nair Azevedo Silva e Duarte Lemos, o Viaduto Gilson Félix e a Rua Aterro da Condusa, no complexo viário do Portal do Príncipe, em Vitória.