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Empresa petrolífera anuncia que vai gerar R$ 2,5 bilhões em royalties no ES

O diretor e vice-presidente do Conselho de Administração da PRIO, Emiliano Gomes, apresenta projeto do Campo de Wahoo a empresários capixabas | Foto: Renan Donato/Findes

A PRIO, maior empresa privada de óleo e gás do Brasil, anunciou que deve movimentar nos próximos anos até R$ 2,5 bilhões em royalties de petróleo, para o Espírito Santo e municípios próximos ao campo de Wahoo, na Bacia de Campos (RJ). Segundo a empresa, a previsão de arrecadação é fruto das operações planejadas pela companhia no litoral Sul capixaba.

De acordo com informações divulgadas pela empresa, a expectativa é de que o primeiro óleo seja extraído no terceiro trimestre de 2024, a depender da emissão da licença ambiental para atividadea ser concedida peloInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

As informações foram apresentadas nesta última semana, durante o “PRIO no ES”, evento organizado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e realizado na sede da instituição. Na ocasião, a companhia apresentou o projeto Wahoo para um público formado por empresários e executivos do setor industrial capixaba.

Previsão de extrair 40 mil barris/dia

O campo é o primeiro desenvolvido inteiramente pela companhia e que será viabilizado comercialmente a partir de um projeto inovador de interligação entre operações (tieback), pioneiro na América Latina. O projeto estima a produção de 40 mil barris de óleo por dia.  

A presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini, destacou durante a abertura da cerimônia a potência do Estado no setor de óleo e gás e reforçou a participação de empresas capixabas no fornecimento de produtos e serviços para essa cadeia produtiva.

“O Espírito Santo é o terceiro maior produtor de petróleo e o quinto maior de gás do Brasil. Essas são apenas algumas informações que mostram a relevância do setor para a economia do Estado. Para além disso, posso dizer que a cadeia de petróleo e gás no Espírito Santo conta com mais de 500 empresas envolvidas. Temos um orgulho muito grande da qualidade dos fornecedores capixabas deste segmento”, disse a representante do setor industrial do Espírito Santo.

‘Temos que alavancar a economia. Temos que dar incentivos fiscais às empresas para que elas tenham condições de se manter no mercado’, disse o senador Contarato | Foto: Renan Donato/Findes

Senador do PT

Presente no evento, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) lembrou que a geração de oportunidades para a população anda de mãos dadas com o desenvolvimento do Estado.

“Temos que gerar emprego e renda. Temos que alavancar a economia. Temos que dar incentivos fiscais às empresas para que elas tenham condições de se manter no mercado. Com isso, todo mundo vai sair ganhando e ainda implementamos políticas públicas para a redução da desigualdade”, enfatizou o senador ao destacar ainda que discursos radicais não contribuem para o desenvolvimento do Estado e do país.

Empreendimento já gera negócios de R$ 860 milhões no Estado

Segundo o gerente executivo da empresa, Jean Calvi, antes mesmo do início da operação do campo de Wahoo, o projeto já movimenta cerca de R$ 860 milhões em negócios na cadeia de suprimentos de fornecedores locais.  

O diretor e vice-presidente do Conselho de Administração da PRIO, Emiliano Gomes, ressaltou que “o desenvolvimento do campo Wahoo proporciona uma série de ganhos para o setor de óleo e gás, principalmente para o Espírito Santo, por meio do aumento da oferta de emprego, do estímulo ao desenvolvimento de fornecedores e pela arrecadação de royalties”, pontuou ao citar que, até o momento, algumas centenas de empregos diretos foram criados pelo projeto junto aos fornecedores.

Inovação e tecnologia como pilares

A PRIO concluiu o processo de aquisição do campo de Wahoo em março de 2021 e em dezembro do mesmo ano registrou a declaração de comercialidade, após um processo de estudo sobre a viabilidade de produção do campo. Vale ressaltar que, apesar de existir poços exploratórios perfurados no campo que comprovam a existência de petróleo, a operadora anterior não chegou a produzir óleo, pois o projeto desenvolvido havia inviabilizado a infraestrutura para produção e escoamento de petróleo e gás.

Já a PRIO – especialista na busca por eficiência em campos maduros ou até mesmo considerados inviáveis economicamente por outras companhias –, realizou estudo de exploração de reservatórios marginais e identificou a oportunidade de interligar o campo de Wahoo à estrutura já em operação no campo de Frade, no Rio de Janeiro.  

Para isso, a companhia irá instalar o chamado tieback submarino de cerca de 32 km, conectando os poços de Wahoo ao barco FPSO Valente/Frade, responsável pela produção do Campo de Frade. “Essa interligação entre os campos utilizando infraestrutura existente é a condição para o sucesso do desenvolvimento de Wahoo. Sem a estrutura do FPSO Frade, o empreendimento seria inviável economicamente”, explicou Calvi.  

Para colocar em prática toda essa infraestrutura submarina, a PRIO conta com uma cadeia de fornecedores capacitados e empenhados em desenvolver de forma eficiente cada um dos equipamentos que garantem o escoamento de óleo e de gás a serem produzidos no campo. Atualmente, pelo menos cinco fornecedores diretos locais já trabalham no projeto, além do terminal portuário do CPVV e BAVIT, que irá atender as demandas das atividades de suporte Offshore.

Saiba mais sobre a PRIO

De acordo com a Receita Federal, a PRIO S/A foi cadastrada no dia 11 de fevereiro de 2009, sob o CNPJ 10.629.105/0001-68, com o código e descrição da atividade econômica principal 64.62-0-00 – Holdings de instituições não-financeiras. A matriz está sediada na Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro (RJ).

A PRIO (antiga PetroRio) é uma empresa brasileira de capital aberto com foco na produção de petróleo e gás, no investimento e na recuperação de ativos em produção,[2] especializada na gestão eficiente de reservatórios e no desenvolvimento de campos maduros.

A Companhia é dedicada também à produção, exploração, comercialização e transporte de petróleo e gás natural. O campo de Wahoo é um bloco exploratório no pré-sal da Bacia de Campos, com potencial para produzir mais de 140 milhões de barris (100% do campo). Teve descoberta de óleo em 2008 e, dois anos depois, foi realizado o teste de formação. O campo está situado entre 30 e 35 km de Frade, com lâmina d’água de 1.400 metros e com reservatório carbonático na camada do pré-sal a uma profundidade de 5 a 7 mil metros. Em 2021, a PRIO passou a deter cerca de 64,3% do campo, com a compra de 28,6% no Bloco BM-C-30, no campo de Wahoo, na Bacia de Campos.