Controlada por militares sob o comando do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) brasileira esnoba e recusa a importação da vacina russa Sputnik V, que foi aprovada por 62 países, em plena escassez de imunizantes contra o Covid-19 no país. Do outro lado, está a vizinha Argentina anunciando ter recebido pouco depois das 17 horas deste feriado de 1º de maio mais 765.545 doses da vacina russa.
O vôo AR1065, da Aerolineas Argentina, pousou no Aeroporto Internacional de Ezeiza, neste sábado, e é o 13º avião cargueiro trazendo a Sputnik V diretamente de Moscou. O imunizante é produzido no Centro Nacional de pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. Somente neste semana a Argentina recebeu quase 2,8 milhões de doses através de cinco vôos distintos.
Mais doses da Sinopharm
Os quatro primeiros (três da linha de bandeira nacional e o restante da alemã Lufthansa) chegaram nos dias 25 de abril (domingo), dia 26 (segunda), dia 28 (quarta) e no dia 29 último (quinta-feira) provenientes de Pequim, capital da China. Esses vôos trouxeram outros dois milhões da vacina chinesa Sinopharm, que a Anvisa brasileira nem iniciou os seus procedimentos burocráticos para permitir a entrada.
Segundo o órgão público do Governo argentino de vacinação, o registro online que mostra em tempo real a operação de imunização em todo o território, até esta sábado pela manhã totalizavam a distribuição de 9.326.408 vacinas e as aplicadas totalizam 7.865.213, sendo que 6.926.650 de cidadãos argentinos receberam a primeira dose e a outras 938.563 pessoas já se tiveram a aplicação da segunda dose.