Foi preciso no final de abril deste ano que as próprias entidades de ruralistas e de pesquisa agrícola do Espírito Santo fizessem um alerta à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) de que há elevada sonegação de impostos na comercialização do café capixaba. “Há alguns anos, temos alertado de maneira ininterrupta aos vários Governos do Estado do Espírito Santo acerca da enorme sonegação fiscal existente na comercialização de café capixaba, principalmente no conilon, mas também no café arábica. Pelas nossas contas, em 2020 por exemplo, os prejuízos são estimados entre 150 milhões e 200 milhões de reais. Somente em um ano e no conilon”, dizeram as entidades em nota.
A mesma nota, dias antes de iniciar a colheita deste ano, ainda destacou: “Para 2021, com a alta da cotação do café conilon – cerca de 450 reais atualmente – a expectativa do Setor é que o Estado arrecade cerca de 550 milhões de reais somente com o conilon. Entretanto, não há dúvida de que o apetite dos sonegadores será voraz e tememos que, infelizmente, mais uma vez, nada mais contundente seja feito”. O documento foi assinado pela Centro do Comércio de Café de Vitória, Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café – CETAF, Federação da Agricultura do Espírito Santo OCB-ES e Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do ES.