As três maiores entidades patronais que representam as empresas de mídia do Brasil publicaram nesta semana um manifesto em defesa da democracia e da Justiça Eleitoral, que organiza as eleições de outubro e está sob seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento é assinado pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ), a Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) e a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
Na nota em defesa da democracia e de dois dos seus pressupostos: a liberdade de imprensa e o respeito aos resultados eleitorais tem uma página. O documento diz que, com base em seus princípios de defesa das liberdades de imprensa, de opinião e informação, as entidades “vêm a público reafirmar seu compromisso com o Estado de Direito e as decisões soberanas das eleições, referendadas por uma Justiça Eleitoral cuja atuação tem sido reconhecida internacionalmente”.
O documento, divulgado em sincronia pelos associados das três entidades, reforça também “a importância da atividade ampla e independente da imprensa livre no combate à desinformação que tanto mal causa às democracias”. Destaca ainda que “apenas em ambientes de liberdade política, de solidez das instituições e de pleno respeito à Constituição a missão jornalística pode ser levada aos brasileiros com a abrangência e transparência que as democracias exigem”.
Outros manifestos
A iniciativa da ANJ, Aner e Abert vem somar a outros manifestos que estão sendo promovidos nestas últimas semanas por diversos segmentos da sociedade, intelectuais, universidades, empresários e mercado financeiro, em resposta aos contínuos ataques de Bolsonaro e apoiadores de extrema direita contra as urnas eletrônicas.
O que ganhou maior projeção foi a Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de direito, organizado por membros da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), que será lido pela primeira vez em público em ato no dia 11 de agosto. O texto já tem cerca de 700 mil adesões.