O município capixaba de Muniz Freire, no Sul do Esírito Santo e distante 176 Km de Vitória (ES), ganhou um campi do do Instituto Federal de Educação do Espírito Santo (Ifes), que integra o sistema de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva., ao anunciar a criação de 100 novos campi em todo o Brasil.
A iniciativa do Governo Lula alcança todas as Unidades da Federação e gera 140 mil novas vagas, a maioria em cursos técnicos integrados ao ensino médio. Por meio do Novo PAC, serão investidos R$ 3,9 bilhões em obras. Desse total, R$ 2,5 bilhões são para criar novos campi e R$ 1,4 bilhão para consolidar unidades já existentes, com a construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos.
Muniz Freire
De acordo com o IBGE, a cidade de Muniz Freire tem 18.153 habitantes, com área tgerritorial de 678,804 km² e densidade demográfica de 26,74 hab/km², com um nível de escolarização na faixa de 6 a 14 anos de 96,7%. Segundo o IBGE, há 2.234 matrículas no ensino fundamental, 653 no ensino médio. Sãoi 11 escolas de ensino fundamental, com 149 professores, e quatro colégios de ensino médio, que possuem 54 docentes.
Atualmente não há escola além dos 15 colégios de ensino fundamental e médio. Assim, o Ifes vai contribuir para ampliar a oferta de ensino naquela cidade do interior do Estado. Muniz Freire está vinculado à área de influência de Cachoeiro de Itapemirim.
Objedtivo do Governo Lula
Segundo informativo distribuiído pela Presidência da República, o objetivo da nova expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é aumentar a oferta de vagas na educação profissional e tecnológica (EPT) e criar oportunidades para jovens e adultos, especialmente os mais vulneráveis. A construção de novos campi nos municípios impacta o setor da construção civil, além de gerar emprego e renda. As novas escolas, quando estiverem em funcionamento, levarão desenvolvimento local e regional.
O programa de expansão dos IFs marca a retomada de investimentos na criação de novas unidades de Institutos Federais no Brasil, quase 10 anos após a última expansão estruturada da Rede Federal. Também celebra uma das políticas educacionais mais bem sucedidas no âmbito da educação profissional, que permitiu que a educação pública de qualidade chegasse às localidades mais distantes dos grandes centros e da capital dos estados, tornando-se uma das redes mais capilarizadas na oferta de cursos técnicos, superiores e de pós-graduação.
Estados e regiões
O Nordeste é a região que receberá o maior número de novos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia nesta fase de expansão. Nos nove estados serão 38 campi. O Sudeste, com 27 novos campi, aparece na sequência, seguido da região Sul, com 13; do Norte, com 12; e do Centro-Oeste, com 10. Entre os estados, São Paulo é o que tem mais municípios beneficiados, com 12 cidades atendidas com a construção dos IFs. Minas Gerais e Bahia somam oito municípios. Na sequência, aparecem Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro, com seis, e Paraná, Rio Grande do Sul e Pará, com cinco.
Em 29 de dezembro de 2008, o então presidente Lula sancionou a Lei nº 11.892, criando 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Até 2002, o Brasil tinha 140 escolas técnicas. Nos governos Lula e Dilma, houve a maior expansão da história da Rede Federal, formada por IFs, Centros Federais de Educação Tecnológica, Escolas Técnicas Vinculadas às universidades e pelo Colégio Pedro II. Foram 422 campi entre 2005 e 2016. Nesse período, também foram entregues ou incorporadas à rede outras 92 unidades. Atualmente, há 682 unidades e mais de 1,5 milhão de matrículas. Com os novos 100 campi, a Rede Federal passa a contar com 782 unidades, sendo 702 campi de IFs.