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Entrou em vigor nesta semana aumento de 13,09% nas tarifas da Cesan, autorizado pelo governo Renato Casagrande


O tarifaço da Cesan, de 13,09%, é superior ao reajuste de 10,04% que os que ainda tem emprego tiveram no salário mínimo. O aumento no valor da água consumida e do esgoto coletado afeta diretamente aos milhares de capixabas desempregados


O aumento determinado pelo governo do Estado para as tarifas da Cesan, que entrou em vigor nesta semana, é 3,05% acima do reajuste que o trabalhador teve no salário mínimo no início deste ano | Foto: Divulgação/Cesan

Um dia após a convenção partidária do PSB, que referendou o atual governador, Renato Casagrande para a reeleição e do político de direita Ricardo Ferraço (PSDB) e da senadora direitista Rose de Freitas (MDB) para a reeleição ao Senado, entrou em vigor um aumento de 13,09% nas tarifas de água e esgoto da Cesan. A determinação do tarifaço é do próprio governador Casagrande, através da Agência de Regulação dos Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP), que é quem, oficialmente, anuncia as elevações de preço. O aumento entrou em vigor nesta última segunda-feira (1º)

A decisão do governo do Estado vai prejudicar os moradores de 46 municípios capixabas, que não possuem fornecimento municipal de água, através dos Serviçosm Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Apenas as famílias inscritas no CadÚnico e com rendimento de até meio salário por pessoa, podem reivindicar a tarifa social, que concede desconto de até 75%. Os demais, incluindo os desempregados, vão ter que arcar com a despesa extra imposta pelo atual governo estadual.

Estão prejudicados com o aumento de 13,09% os moradores de Afonso Cláudio, Água Doce do Norte, Águia Branca, Alto Rio Novo, Anchieta, Apiacá, Aracruz, Atílio Vivácqua, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Cariacica, Castelo, Conceição da Barra, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Domingos Martins, Dores do Rio Preto, Ecoporanga, Fundão, Guarapari, Ibatiba, Irupi, Iúna, Mantenópolis, Marechal Floriano, Muniz Freire, Muqui, Nova Venécia, Pancas, Pedro Canário, Rio Novo do Sul, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, São Gabriel da Palha, São José do Calçado, São Roque do Canaã, Serra, Venda Nova do Imigrante, Viana, Vila Pavão, Vila Valério, Vila Velha e Vitória.

Receita trimestral de R$ 186,4 milhões e falta de água

A Cesan teve no primeiro trimestre deste ano, de janeiro a março, um faturamento total de R$ 286.481.743,41, sendo R$ 196.748.203,46 de abastecimento de água e R$ 89.733.539,95. Mas, o faturamento milionário não significa que exista um fornecimento e água exemplar. Ainda neste ano os moradores de bairros humildes, que integram a região da Grande São Pedro, acusaram a Cesan de deixar as comunidades sem água por vários dias, enquanto nos bairros onde mora pessoas com poder aquisitivo não houve interrupção prolongada em nenhum momento.

Nesta semana foi a vez de Fundão, Serra, Aracruz e Vitória fazerem reclamação contra a interrupção no fornecimento de água pela Cesan. A empresa pública alegou que paralisou o fornecimento “para corrigir o rompimento de uma adutora de água de grande porte dentro da Estação de Tratamento de Água de Santa Maria”.