Com objetivo de pedir ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), a repactuação para reparação das vítimas do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), uma comitiva do Espírito Santo e de Minas Gerais viajou à Brasília nesta terça-feira (24). Pelo lado capixaba foram o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB) e a procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), Luciana Andrade. Pelo lado mineiro estiveram no Senado o governador Romeu Zema,(Novo) e o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), Jarbas Soares Júnior.
Para o governador Casagrande é preciso buscar apoio para desburocratizar a dinâmica do trabalho, para melhorar as condições econômicas e ambientais da recuperação da cobertura florestal danificada e reparar os atingidos. Segundo Casagrande, o modelo utilizado até então tem sido muito burocrático, com as decisões analisadas uma a uma. “Com isso, já temos seis anos. É preciso definir prioridades e com isso ganhar velocidade”, avaliou.
Objetivo
Luciana Andrade agradeceu ao presidente do Senado Federal e enalteceu o diálogo aberto e republicano promovido por ele. “A convergência entre todas as instituições e Poderes é possível e urgente para que os danos sejam reparados, sejam os individuais dos diretamente atingidos, como também os coletivos. O objetivo é deixarmos um legado em vários segmentos, como em segurança pública, educação, saúde e, sobretudo, em meio ambiente, que pode ser feito mais rapidamente por meio desse acordo que se propõe”, afirmou a procuradora-geral de Justiça do MPES. O desastre da barragem de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, em 5 de novembro de 2015, deixou 19 mortos, atingiu e inundou o Rio Doce e afluentes com uma lama de rejeitos de minério de ferro e afetou diretamente o cotidiano de cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo banhadas pelo rio e nas áreas próximas à foz.