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Escolas particulares no ES querem formar alunos com pensamento crítico


Educadores das escolas privadas sugerem a aplicação de ferramentas importantes para o ensino-aprendizagem como IA, realidade virtual e aumentada e competências socioemocionais, além da formação do pensamento crítico


Escolas particulares no ES querem formar alunos com pensamento crítico | Foto: Freepik

O ano letivo de 2025 começou com desafios e oportunidades para as instituições de ensino, que buscam cada vez mais inovar suas práticas pedagógicas. As ferramentas tecnológicas, a valorização das competências socioemocionais, a sustentabilidade e a capacitação de educadores são temas centrais nas instituições de ensino.

Segundo especialistas, a adoção de novas metodologias e inovações pedagógicas pode aprimorar a experiência de aprendizado e preparar melhor os estudantes para os desafios do futuro. Nas escolas de ensino público no Espírito Santo há muita intromissão de políticos de extrema-direita e de igrejas evangélicas, que interferem no ensino critico aos alunos, fazendo com que as escolas públicas apenas ensinam os estudantes a repetir sem pensar o que leem, sem nenhum tipo de questionamento.

“Devemos formar alunos com pensamento crítico, criatividade e habilidades interpessoais”, defende o presidente do Sinepe-ES, Moacir Lellis

Alunos com pensamento crítico, criatividade e habilidades

Para o presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), Moacir Lellis, a educação precisa acompanhar as transformações da sociedade. “2025 é um ano de avanço, e temos de estar prontos para reimaginar a escola como um espaço que alia inovação, sustentabilidade e humanização. Ela precisa ir além da transmissão de conteúdos. Devemos formar alunos com pensamento crítico, criatividade e habilidades interpessoais. A tecnologia, por exemplo, quando bem aplicada, é uma grande aliada nesse processo”.

A Inteligência Artificial (IA) tem ganhado espaço como ferramenta pedagógica, personalizando o ensino ao identificar lacunas no conhecimento de cada estudante e propor trilhas adaptativas. Outro recurso inovador é a realidade aumentada e virtual, que transforma a sala de aula em um ambiente interativo, proporcionando experiências imersivas. “Tecnologia e humanização precisam caminhar juntas. A implantação de novas ferramentas não pode excluir o papel fundamental do professor, mas sim potencializá-lo”, declarou Lellis.

O presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Antônio Eugênio Cunha, também acredita que a tecnologia não deve ser vista como uma ameaça. “O excesso de informação pode ser um desafio para os estudantes, e a escola precisa atuar como mediadora, proporcionando curadoria de conteúdos e garantindo uma formação integral, que envolva pensamento crítico, criatividade e competências socioemocionais. A tecnologia é uma ferramenta para aprimorar o aprendizado”.

“Preparação para a vida”

Outro aspecto essencial na formação dos alunos é o desenvolvimento de competências socioemocionais. A capacidade de lidar com emoções, resolver conflitos e trabalhar em equipe tem sido tão relevante quanto os conteúdos tradicionais. “Os jovens precisam ser preparados não apenas para o mercado de trabalho, mas para a vida. O fortalecimento das relações interpessoais e do bem-estar emocional deve fazer parte do dia a dia escolar, pois são fundamentais para o sucesso profissional e pessoal”, complementou Moacir Lellis.

A sustentabilidade também se tornou um pilar fundamental para as instituições de ensino. Projetos que incentivam a consciência ambiental, o uso de práticas ecologicamente responsáveis e a integração da educação financeira e social são cada vez mais comuns. “Precisamos ensinar a próxima geração a pensar de forma sustentável, a valorizar o coletivo e a impactar positivamente a sociedade. Por isso, no Sinepe/ES, incentivamos projetos na área ambiental e pedagógica nas instituições de ensino, com divulgação e premiação aos melhores, a fim de incentivar mais escolas a criarem novas atividades, com o Sinepe em Ação”.

Ensino híbrido

A consolidação do ensino híbrido, que combina aulas presenciais e on-line, é outro ponto essencial para a educação em 2025. Esse modelo, que ganhou força durante a pandemia da Covid-19, tem se tornado uma alternativa permanente para oferecer mais flexibilidade sem perder a qualidade do ensino. “Ele combina o melhor dos mundos presencial e remoto, promovendo flexibilidade e acessibilidade sem perder de vista a importância do contato humano e da vivência escolar”, reforçou Antônio Eugênio Cunha.

Com os avanços tecnológicos e as mudanças constantes no perfil dos estudantes, a formação contínua dos professores também é indispensável para garantir a qualidade do ensino. “A educação é um setor dinâmico. Se queremos preparar nossos estudantes para o futuro, precisamos investir no desenvolvimento daqueles que estão à frente das salas de aula”, frisou Moacir Lellis.