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Estudo detecta mudança no hábito financeiro da população e aumento na venda de bicicletas

Um estudo do Itaú Unibanco, divulgado nesta semana, observou mudanças nos padrões de consumo do brasileiro durante a pandemia do novo coronavirus (Covid-19). O isolamento social criou novos hábitos e hobbies e contribuiu para a expansão nas vendas de bicicletas. Esse foi o item que mais chamou atenção na análise. O faturamento com as vendas de bicicletas cresceram 54,4% em um ano.

A primeira edição da “Análise de Comportamento de Consumo”, segundo o Itaú Unibanco foi feita a partir de análises de dados relativos às compras feitas ao longo do ano com cartões de crédito e débito emitidos pelo banco e às vendas transacionadas pela Rede, sua empresa de meios de pagamento, em todo o Brasil. A mudança de hábitos de consumo levou aos equipamentos de streaming, livros, games e instrumentos musicais a ter um crescimento nas vendas em 40,4%.

Busca de alternativas

Os analistas interpretaram a modificação dos hábitos ao fechamento de clubes e academias (que tiveram queda no faturamento de mais de 30% no ano), com os consumidores buscando novas alternativas para a prática de exercícios físicos e ocupação mental. Com mais tempo dentro de casa, os gastos com transporte urbano e com turismo caíram respectivamente 38,6% e 43,8, na comparação com 2019.

Em contrapartida, os consumidores investiram mais em suas residências, devido ao home Office. O valor gasto com Móveis de Escritório cresceu 39%. Em outra frente de itens comprados para a casa, incluindo Materiais de Construção e Reforma; Artigos de Decoração; e produtos para Jardinagem e de Floricultura, teve aumento foi de 29,8%. Também se destacaram as vendas de artigos relacionados a pets e serviços veterinários, com crescimento de 13,2%.

O banco informou que a partir deste mês vai divulgar trimestralmente o relatório sobre hábitos do consumidor brasileiro.”Esse levantamento é produto da cultura de centralidade no cliente e da conduta orientada por dados do Itaú, disseminada por todo o negócio. A análise de uma ampla gama de informações tem sido o caminho para entendermos de maneira aprofundada quem é o nosso cliente e atendermos com mais agilidade às suas expectativas e às particularidades de novos momentos de consumo”, disse o diretor de Estratégia e Engenharia de Dados do Itaú Unibanco, Moisés Nascimento.

Consumo por gênero e idade

Mais da metade (50,4%) das compras online foram feitas por mulheres, com presença expressiva delas como consumidoras nos setores de Vestuário; Drogarias; e Atacadista. Os homens tiveram participação levemente menor nas compras em canais digitais, mas seu gasto médio por transação é 23,9% maior que o das mulheres.

As compras em Atacadistas; de Eletrônicos; e itens e serviços de Saúde foram as que puxaram o crescimento do tíquete médio deles, homens – ainda no ambiente digital. Já os consumidores nascidos entre 1965 e 1984 foram os que mais gastaram em 2020 (maior valor transacionado entre as gerações), tanto em compras online quanto presenciais.