O ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, o bolsonarista Abraham Weintraub será ouvido nesta sexta-feira (4) por ter difundido fake news sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 17 de janeiro em um canal de mentiras políticos que permanece ativo no YouTube. Em uma “entrevista” ao portal bolsonarista “Cortes do Inteligência (oficial)”, o ex-ministro de Bolsonaro inventou uma história fantasiosa para denegrir a imagem do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Vou contar aqui outro detalhe picante. Moro numa casa, num condomínio fechado, uma casa boa. Um juiz do STF estava procurando casa na região, dentro do condomínio. Viu minha casa e falou: ‘casa bonita, hein’.de quem é?’. Falaram, Abraham Weintraub. Pergunta para ele se não quer vender para mim, já que ele não vai voltar mais para o Brasil. O que você acha disso? É adequado? Esse juiz me negou habeas corpus. Foi um dos 10 que me negaram habeas corpus. Isso é grave e todo o resto que falamos aqui. Esse é anedótico. Ele sabe onde eu moro. Tem meu endereço. Ele quer comprar a minha casa”, disse Weintraub no fake news.
Depoimento foi remarcado
Diante disso o ministro Alexandre de Moraes, do STF autorizou a Polícia Federal (PF) a tomar o depoimento de Abraham Weintraub nesta sexta-feira (4), com o horário sendo escolhido pela PF. A data precisou ser remarcada, pois o advogado do ex-ministro da Educação estava em fase final de recuperação da Covid-19.
Em entrevista ao canal “Cortes de Inteligência”, do YouTube, no último dia 17/1, Weintraub fez diversas afirmações falsas acerca da atuação do Supremo e das condutas relacionadas a um de seus ministros. Para o ministro Alexandre de Moraes, em uma primeira análise, é possível constatar que as condutas se assemelham às investigadas no âmbito do Inquérito (INQ) 4781, que investiga notícias fraudulentas (fake news), ameaças e outros ataques ao STF e a seus ministros. Por esse motivo, o ministro determinou que a PF ouça Weintraub e que o YouTube encaminhe o material à Corte. A determinação se deu no âmbito da Petição (PET) 10149. No vídeo é possível ver o quanto o Google, o dono do YouTube, apoia e repassa dinheiro para quem pratica o crime de fake news.