Entre outras decisões tomadas pela CPI da Pandemia nesta quinta-feira (15) está o pedido ao Comando do Exército Brasileiro para acessar relatórios e informações de inteligência sobre militares que vem sendo acusados de corrupção na compra de vacinas contra o Covid-19. O Exército deve prestar informações sobre os seguintes militares: Eduardo Pazuello, Antônio Élcio Franco, Marcelo Blanco da Costa e Alexandre Martinelli Cerqueira. As informações são da Agência Senado.
A comissão ainda pediu à Presidência da República que encaminhe documentos expedidos pelo ex-ministro da Casa Civil Walter Souza Braga Netto, que hoje responde pelo Ministério da Defesa. Foi Braga Neto quem assinou uma nota em nome do Exército, Marinha e Aeronáutica para defender os militares acusados de corrupção e de ainda ameaçar diretamente a CPI da Pandemia.
Redes sociais
A CPI investiga ainda as campanhas publicitárias contratadas pelo governo federal durante a pandemia. As empresas Px Tecnologia e Space Inteligência devem informar quais as agências contratadas pelo Palácio do Planalto entre 2020 e 2021. A Secretaria de Comunicação Social precisa explicar como funcionou a administração das redes sociais oficiais nos últimos 18 meses. O mesmo vale para o Ministério da Saúde.
Os senadores aprovaram ainda requerimentos de informação às plataformas Twitter e Facebook. A CPI quer saber, por exemplo, se há alguma restrição para conteúdos que promovem tratamento precoce, remédios sem comprovação cientifica e medidas contrárias às defendidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A comissão aprovou o compartilhamento de informações com a CPI Mista das Fake News. A medida inclui, por exemplo, o acesso a dados enviados pelas plataformas WhatsApp e pelo Facebook.
Crise em Manaus
A comissão quer saber quem foram os médicos voluntários que acompanharam a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, em viagem a Manaus. Em janeiro, o grupo visitou 136 unidades básicas de saúde da cidade.
Auxílio Emergencial
Os senadores também aprovaram um pedido de informações ao Ministério da Cidadania. A comissão quer esclarecer “potenciais inconsistências e fragilidades” que tenham permitido fraudes estimadas em mais de R$ 40 bilhões no pagamento do auxílio emergencial.