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Exposição de cartazes antigos conta história de 48 anos da Galeria de Arte e Pesquisa

Ufes promove exposição de cartazes antigos conta história de 48 anos da Galeria de Arte e Pesquisa | Fotos: Divulgação

Quem passou pelo hall do Teatro Universitário nos últimos dias se deparou, mesmo sem saber, com pedaços importantes da história da Galeria de Arte e Pesquisa da Ufes (GAP). Fixados nas paredes estão cartazes de exposições realizadas na galeria desde 1976, um ano após a sua criação. Intitulada Acervo, Imagem e Documento, a mostra está aberta para visitação no Teatro até o dia 31 de maio.

A exposição faz parte das comemorações do aniversário de 69 anos da Ufes, que tem oferecido ao longo de maio uma programação especial com atrações culturais e formativas.

Primeiro resultado do processo de criação do projeto Arquivo de Arte Contemporânea da GAP, a mostra reúne cartazes de exposições de artistas expoentes da arte produzida no Espírito Santo e no Brasil, como a primeira exposição da galeria – uma reunião de obras de Dionísio Del Santo, de 1976. O conjunto de cartazes passa por mostras de Lygia Pape, Holmes Neves, Sandra Santos, Hilal Sami Hilal, Nelma Pezzin, Attilio Colnago, entre outros artistas, até 2012.

Fundada em 1975 pelo Conselho Universitário da Ufes, a galeria funcionou na Capela Santa Luzia, no Centro de Vitória, até se transferir para o campus de Goiabeiras em 1994. A partir desse período, foi ocupada por vários artistas de renome e que se tornariam influências para gerações posteriores, como o capixaba Dionísio Del Santo, um dos maiores representantes do construtivismo no Brasil.

“O Espírito Santo sempre teve seu próprio movimento de arte, um movimento muito vigoroso”, afirma a coordenadora da GAP, Isabela Frade.

Registros de valor

A exposição no Teatro ganhou forma de maneira inusitada. Devido ao derramamento de um líquido tóxico, a GAP está interditada desde o fim do ano passado. Para continuar a rotina de trabalho, a equipe se mudou para uma sala anexa ao Centro de Artes (CAr) e passou a organizar os arquivos das exposições passadas, descobrindo nos cartazes e documentos registros de valor imensurável.

“Descobrimos que a GAP é a instituição de arte mais antiga do estado. Já passou por altos e baixos, chegou a quase ser fechada. Estamos começando a contar a história dela. O objetivo dessa mostra é valorizar a GAP como um patrimônio cultural do Espírito Santo”, afirma a coordenadora. A ideia, ela diz, é aprofundar o trabalho, reunindo mais documentos e, inclusive, os artistas que ajudaram a construir estes – até agora – 48 anos de história. “Quando reconhecermos a galeria com a importância que ela tem no estado, vamos saber usufruir melhor dela”, diz.