Movimentos sociais, sindicais e estudantis realizaram neste sábado o Faixaço, um ato contra a censura do prefeito bolsonarista de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que mandou seus subordinados tirarem duas inocentes faixas do antigo Hotel Imperial, no Centro de Vitória
O ato de censura do prefeito aliado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Lorenzo Pazolini (Republicanos) foi duramente contestado na manhã deste sábado (31) em frente ao antigo Hotel Imperial, no Centro de Vitória. “A prefeitura usou de seu abuso de poder e baseado numa lei que se aplica somente ao Triplex (o prédio do antigo hotel tem três andares) mandou retirar as faixas da fachada. Hoje os movimentos sociais, sindicais e estudantis fizeram a manifestação juntando bandeiras. e assim será sempre. # vaivirarpontoturistico, #triplexdolula e #forabolsonaro”, disseram os manifestantes em um grupo de WhatsApp que organizou o ato.
O ato de censura do prefeito bolsonarista estimulou as manifestações naquele espaço, que de agora em diante serão frequentes, segundo os manifestantes, que garantiram que a cada nova manifestação o ato será cada vez maior. Inicialmente foi realizado um ato em frente, numa extensão da Praça Costa Pereira onde se localiza os monumentos em homenagem aos militantes de esquerda assassinados pelos militares durante a ditadura militar. O espaço é denominado de “Praça Vermelha”.
Fora Bolsonaro
Em seguida foi feita a ocupação consentida do imóvel, onde em cada uma das 42 janelas haviam faixas com diversas palavras de ordem, incluindo a mais atual e desejada da maioria da população brasileira: “Fora Bolsonaro”. O delegado de Polícia licenciado e atual prefeito de Vitória agiu em cumprimento ao Ofício Gab 023/2021, assinado pelo carioca bolsonarista Gilvan Aguiar Costa, vulgo Gilvan da Federal (Patriotas), que tem um cargo de vereador de Vitória.
A implicância da dupla bolsonarista, prefeito e vereador, é só com o antigo Hotel Imperial, que foi adquirido em 2019 por um militante de esquerda, que mora no exterior e, deixou o prédio sob os cuidados de um comitê gestor, que tem entre os seus membros o ex-deputado estadual Perly Cipriano (PT), vai ser usado como um espaço político e cultural. A posição estratégica do imóvel irritou os bolsonaristas, prefeito e vereador. Pazolini, além de mandar retirar as faixas “Vacina para todos já?” e “Fora Bolsonaro”, ainda ameaçou de forma audaciosa o dono do imóvel com uma multa de R$ 92 mil.