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Filho 01 de Bolsonaro anuncia saída do braço político da Igreja Universal, o Republicanos

Flávio Bolsonaro se desgarrou do braço político da Igreja Universal, o Republicanos | Ilustração: Internet

O filho 01 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o senador eleito pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, sinalizou uma ruptura com o conglomerado do empresário da comunicação Edir Macedo, dono da TV Record, da Igreja Universal do Reino de Deus e do seu braço político, o partido Republicanos. Em nota à imprensa no final da tarde desta quarta-feira (26) o gabinete do filho 01 de Bolsonaro no Senado emitiu uma nota para dizer que ele estava deixando o Republicanos. A sua intenção, segundo o que revelou à senadores próximos é se filiar na mesma legenda que seu pai pretenderá disputar às eleições do ano que vem.

A nota é a seguinte: “O senador Flávio Bolsonaro informa que se desfiliou do Republicanos. O parlamentar, no entanto, ainda não tem um novo partido. Ele aguarda uma definição do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre qual será a nova sigla a qual eles devem se filiar.” Imediatamente, a Secretaria Geral do Republicanos disse que foi feita a comunicação ao presidente do partido, Marcos Pereira, sobre a desfiliação do senador.

Troca-troca

O senador troca sistematicamente de partido. Em 2016 saiu candidato à prefeito do Rio de Janeiro pelo PSC, dirigido pelo ex-presidiário , Pastor Everaldo e perdeu a eleição para o sobrinho do empresário Edir Macedo, o “bispo” da Universal Marcelo Crivella. Em 2018, já com filiação no PSL, foi eleito senador. No final do ano passado se uniu ao braço político da Universal, o Republicanos, e se filiou.

Mesmo com a saída, a rede de televisão de Edir Macedo, a Record, continua sendo uma das TVs chapa branca, onde o jornalista que fizer um questionamento dos desmandos de Bolsonaro, é demitido sumariamente. O partido Republicanos tem, no Espírito Santo, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pasolini, e o presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Erick Musso.

A professora de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Suzy dos Santos, disse em postagem na internet que quando se tornou dono da Record, Edir Macedo imediatamente entrou no jogo político, primeiro apoiando candidatos a cargos locais em São Paulo, em seguida candidaturas federais e presidenciais. Em 2005, durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele fundou um partido político, o Partido Republicano Brasileiro (PRB), que logo mudou de nome para Republicanos. Descando o oportunismo do empresário, ela disse que “Edir Macedo apoiou todos os governos, qualquer que fosse sua linha política”, resumiu Suzy dos Santos.