Vinte e um dos 27 governadores assinaram um documento encaminhado ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), incluindo o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) onde afirmam que aceitam prorrogar por mais 60 dias o congelamento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) dos combustíveis. A medida que congela a incidência do ICMS sobre os combustíveis, tinha prazo de validade de 90 dias e iria se encerrar nesta próxima segunda-feira (31).
Anteriormente, os governadores haviam afirmado de que não iriam mais prorrogar o congelamento do preço referência, que serve para aplicar o ICMS. A gasolina faz parte do regime de substituição tributária, ou seja, os impostos são recolhidos na origem, nas refinarias de petróleo, no momento da venda para a distribuidora a Petrobras já embute no preço todos os impostos e tributos. Para determinar o valor a recolher do ICMS a refinaria se baseia no PMPF, informada pela secretaria de Fazenda e aplica a alíquota de ICMS do Estado onde é comercializada. No Espírito Santo a alíquota é de 25%, ou seja, um quarto do valor é do imposto estadual.
Na nota, os governadores alegam ser imprescindível prorrogar o congelamento pelos próximos dois meses até que “soluções estruturais para a estabilização dos preços desses insumos sejam estabelecidas”, citando um projeto de lei em tramitação no Senado desde o ano passado que poderia reduzir o preço do insumo.
O que diz a nota dos governadores
“Os Governadores dos Entes Federados brasileiros signatários vêm a público defender a manutenção do entendimento provisório quanto à tributação do ICMS sobre os combustíveis, que estabeleceu o congelamento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final – PMPF pelo período de 90 dias, entre 1º de novembro de 2021 e 31 de janeiro de 2022.
Nesse sentido, diante do novo cenário que se descortina, com o fim da observação do consenso e a concomitante atualização da base de cálculo dos preços dos combustíveis, atualmente lastreada no valor internacional do barril de petróleo, consideram imprescindível a prorrogação do referido congelamento pelos próximos 60 dias, até que soluções estruturais para a estabilização dos preços desses insumos sejam estabelecidas, considerando-se também os termos do Projeto de Lei n° 1472, de 2021.
Por fim, ao ressaltar que esta proposta traduz mais um esforço com o intuito de atenuar as pressões inflacionárias que tanto prejudicam os consumidores, sobretudo no tocante às camadas mais pobres e desassistidas da população brasileira, enfatizam a urgente necessidade de revisão da política de paridade internacional de preços dos combustíveis, que tem levado a frequentes reajustes, muito acima da inflação e do poder de compra da sociedade”.
Brasília, 26 de janeiro de 2022.
Assinam esta nota:
WALDEZ GÓES
Governador do Estado do Amapá
WILSON LIMA
Governador do Estado do Amazonas
CAMILO SANTANA
Governador do Estado do Ceará
IBANEIS ROCHA
Governador do Distrito Federal
RENATO CASAGRANDE
Governador do Estado do Espírito Santo
RONALDO CAIADO
Governador do Estado de Goiás
FLÁVIO DINO
Governador do Estado do Maranhão
MAURO MENDES
Governador do Estado de Mato Grosso
REINALDO AZAMBUJA
Governador do Estado de Mato Grosso do Sul
ROMEU ZEMA
Governador do Estado de Minas Gerais
HELDER BARBALHO
Governador do Estado do Pará
JOÃO AZEVÊDO
Governador do Estado da Paraíba
RATINHO JÚNIOR
Governador do Estado do Paraná
PAULO CÂMARA
Governador do Estado de Pernambuco
WELLINGTON DIAS
Governador do Estado do Piauí
CLÁUDIO CASTRO
Governador do Estado do Rio de Janeiro
FÁTIMA BEZERRA
Governadora do Estado do Rio Grande do Norte
EDUARDO LEITE
Governador do Estado do Rio Grande do Sul
CARLOS MOISÉS
Governador do Estado de Santa Catarina
BELIVALDO CHAGAS
Governador do Estado de Sergipe
JOÃO DORIA
Governador do Estado de São Paulo