O programa Mais Médicos contará com mais 1,5 mil profissionais em atuação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 624 cidades e 15 distritos sanitários indígenas em todas as regiões do Brasil. No Espírito Santo serão mais 38 profissionais no atendimento à população. Os médicos intercambistas e brasileiros formados no exterior iniciaram na última segunda-feira (4) o primeiro Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) de 2024.
Nesta edição, o módulo é realizado simultaneamente em Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). A etapa, presencial e obrigatória para o início das atividades em saúde, incluiu os profissionais selecionados no edital regular e coparticipação, além dos direcionados para a saúde prisional, indígena e equipes do Consultório na Rua.
Este módulo tem a participação de mais de 1,5 mil médicos brasileiros com diploma do exterior e 82 estrangeiros. Após a conclusão da etapa, os novos profissionais irão se juntar aos médicos e médicas já em atividade pelo programa.
Número recorde
Em 2023, o Mais Médicos atingiu o número recorde de 28,2 mil vagas preenchidas em 82% do território nacional e 86 milhões de brasileiros foram beneficiados com o atendimento. Outro feito do programa foi ter chegado a 100% dos 34 distritos sanitários especiais indígenas (DSEIs) — um avanço importante diante da desassistência enfrentada por essa população nos últimos anos.
E 2024 começa com boas novidades: pela primeira vez, o Mais Médicos abriu processo seletivo direcionado ao atendimento de populações em vulnerabilidade, como pessoas privadas de liberdade ou em situação de rua.
Além disso, serão ofertadas formações específicas para médicas e médicos intercambistas que irão trabalhar diretamente com grupos ou populações que exigem habilidades específicas. Agora, módulos e aulas específicas irão instruir os profissionais sobre abordagem em situações que envolvem violência, uso abusivo de álcool e outras drogas, infecções sexualmente transmissíveis (IST), saúde mental e outras temáticas.
Módulo de Acolhimento e Avaliação
O MAAv é realizado através de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação. Os profissionais em treinamento cumprem 160 horas de aulas de legislação, atribuições e funcionamento do SUS, ações de escopo da Atenção Primária à Saúde, protocolos clínicos de atendimentos definidos pelo ministério e Código de Ética Médica, além dos protocolos e diretrizes específicas do estado e município em que irão atuar.