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Grevistas no Iphan-ES cobram recomposição do quadro de funcionários e melhores salários


“Mesmo durante a greve, os serviços essenciais serão mantidos”, garante o  Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Espírito Santo (Sindsep-ES). A paralisação é nacional


Greve no Iphan-ES cobra recomposição do quadro de funcionários e melhores salários | Foto: Sindsep-ES

Os servidores federais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Espírito Santo, prosseguem nesta semana com a greve iniciada nesta última sexta-feira (9),  em defesa de melhores salários, da recomposição do quadro de funcionários e da valorização da carreira. Segundo publicação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Espírito Santo (Sindsep-ES) nas redes sociais, essa é “uma luta que já dura 20 anos.”

O Iphan é um órgão vinculado ao Ministério da Cultura, pasta esta sob o comando da ministra da Cultura, a cantora, compositora, atriz, gestora cultural, empresária Margareth Menezes. Segundo o Sindesep-ES, “com a reestruturação do Ministério da Cultura (MinC) e a retomada das políticas culturais, a demanda de trabalho aumentou significativamente. Porém, o número de servidores segue em queda, impactado por aposentadorias e pela evasão de profissionais qualificados.”

Cobranças

Os servidores federais do Ministério da Cultura (Minc) e Vinculadas, como Iphan, Instituto Brasileiro de Museus  (Ibram), Fundação Palmares, Biblioteca Nacional e  Fundação Nacional de Artes (Funarte) estão em greve, cobrando o cumprimento de acordos firmados há mais de 20 anos. O movimento nacional é conduzido pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e Federação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Fenadsef).

O movimento grevista também denuncia uma evasão média de 70% nos quadros do PEC-Cultura, em razão da precariedade dos salários, ausência de carreira estruturada e desvalorização institucional. Segundo os servidores, sem investimento no corpo técnico, não é possível garantir a implementação e operacionalização das políticas hoje em curso, como a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), a Lei Paulo Gustavo, a Lei Rouanet; a Política Nacional Cultura Viva; o PAC das Cidades Históricas, do Patrimônio Histórico e Seleções; o Programa de Fomento às Artes, a consolidação do Sistema Nacional de Cultura (SNC), entre outras.

A preocupação dos servidores do Ipahn ´é que ao mesmo tempo em que há uma elevação nas exigências dos serviços prestados pelo órgão federal, não vem sendo feito concurso público há muitos anos. Com isso, veem a possibilidade dessa exigência de mais mão-de-obra vir a ser substituída por funcionários terceirizados, que são pessoas sem estabilidade funcional garantida e por isso desmotivadas para um trabalho específico, como é o da cultura.

A sede do Iphan no ES fica atrás da Catedral Metropolitana de Vitória, na Rua José Marcelino, 203 , no Centro Histórico de Vitória (ES) | Foto: Grafitti News

Servidores cobram resposta do Governo

“É urgente que o governo apresente respostas concretas. A reestruturação do plano de carreira é fundamental para fortalecer as políticas públicas da cultura e aprimorar os serviços prestados pelo MinC e suas entidades vinculadas.É greve porque é grave. Cadê a negociação”, cobram os servidores através do Sindsep-ES.

A entoidade aponta para as principais atividades suspensas e impacto social da greve. “A paralisação dos servidores do IPHAN já tem reflexos diretos em serviços essenciais para o desenvolvimento sustentável, a educação patrimonial e a preservação do patrimônio cultural:” E citam:

1) Licenciamento Ambiental

  • Análise de Fichas de Caracterização da Atividade
  • Avaliação de Impactos ao Patrimônio Cultural
  • Emissão de portarias para pesquisa arqueológica

2) Educação Patrimonial

  • Atividades educativas em escolas
  • Visitação pública à Superintendência e ao Centro Histórico de Vitória

3) Autorização de Intervenções em Bens Tombados e Patrimônio Cultural Ferroviário

  • Análise e autorização de intervenções em bens edificados tombados e em suas áreas de entorno