Até esta última segunda-feira (26), a Sesa analisou 589 amostras suspeitas com o vírus e confirmou nove casos de Mpox no Espírito Santo
Nesta semana o Grupo Condutor Estadual da Rede de Urgência e Emergência (RUE), da Secretaria da Saúde (Sesa) deverá se reunir para fazer uma atualização da metodologia laboratorial que vai distinguir a cepa de circulação e que deverá ser incorporada à rede pública. No Espírito Santo, de janeiro até a segunda quinzena de agosto já foram encaminhadas 577 amostras suspeitas, sendo confirmados 8 casos da doença.
Em 2022, ano de entrada do vírus no Estado, a Sesa informa que foram 313 amostras positivas e não de pacientes. A Sesa informa que “para cada caso suspeito de Mpox, são coletadas diversas amostras do mesmo paciente, referentes aos locais em que existem lesões aparentes no corpo.”
ES já teve 9 casos de Mpox neste ano
Já em 2023, o Lacen-ES realizou 497 ensaios, detectando 36 casos confirmados. Ainda não há mortes confirmadas pelo vírus, e não há registro de circulação da nova cepa no território capixaba. Em 2024, até esta última segunda-feira (26), já foram realizados 589 testes, sendo possível identificar nove casos positivos para Mpox.
O RUE conta com a participação de diversos setores que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS). Responsável pela apresentação do cenário epidemiológico e explicações sobre o comportamento do vírus, o diretor do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES), Rodrigo Rodrigues, destacou a incidência de casos no País e no Estado, além do trabalhado já realizado. “No Brasil, a incidência de casos e óbitos pela Mpox é baixa. O Plano de Contingência estadual segue ativo, com orientações sobre a abordagem clínica e o diagnóstico da doença, o que não difere, independentemente, da cepa de circulação”, explicou o diretor.
De acordo Rodrigues, o plano será atualizado na próxima semana para incorporação da metodologia laboratorial que vai distinguir a cepa de circulação, “mas, não afeta a abordagem clínica e o diagnostico”, frisou. O profissional destacou ainda a importância da participação da rede sobre o envio das amostras ao laboratório após a suspeição e coleta, além da comunicação ao paciente suspeito sobre a necessidade de garantir o isolamento adequado, evitando o contato com outras pessoas.
No último dia 14, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou que a Mpox constitui uma emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII), em virtude do avanço da doença na África e a descoberta de uma nova cepa do vírus, a Clado 1b.
Cuidados com a Mpox
A Mpox é uma doença viral transmitida de pessoa para pessoa, pelo contato com secreções, gotículas e/ou aerossóis. A transmissão também pode ocorrer por compartilhamento de objetos recentemente contaminados com fluidos do paciente ou materiais da lesão.
Embora os sintomas da Mpox sejam semelhantes aos da varíola, a doença é geralmente menos grave. Entretanto, este novo clado circulante na região da África, acende um alerta devido à apresentação de sintomas mais graves e as altas taxas de letalidade pela doença. Os sintomas mais comuns da Mpox incluem cansaço, febre, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, ínguas e bolhas ou feridas na pele.
Caso haja suspeita da doença, o paciente precisa evitar o contato com outras pessoas e deve procurar imediatamente uma unidade de saúde para realização de exames e diagnóstico. O isolamento imediato é recomendado, e objetos pessoais, como toalhas e roupas de cama, não devem ser compartilhados.