Reprodução do portal Folha1/Baixo Guandu (ES) e Aimorés (MG)
Um escritório de advocacia denominado “Ramos Palácio &Abreu”, que não tem atuação em Baixo Guandu, está desde o começo da semana atendendo a centenas de pessoas, na avenida Carlos de Medeiros, realizando um “cadastro” para recebimento do “Dano Água” estabelecido pela Justiça, captando também procurações dos atingidos do caso Samarco.
As longas filas que se formam diariamente próximo à Praça do Jardim, no entanto, são desnecessárias e representam apenas uma provável atitude de captação de clientes, segundo admitiram ontem advogados atuantes em Baixo Guandu.
“Não há necessidade desta pressa em buscar a reparação do “Dano Água “, mesmo porque dependemos ainda de trâmites judiciais e regularização do portal para receber os requerimentos”, explicou ontem um advogado atuante e com escritório em Baixo Guandu.
Decisão
O chamado “Dano Água” alvoroçou a população da bacia do rio Doce depois que o novo juiz do Caso Samarco, Michael Procópio Avelar, deu uma decisão, na semana passada, estabelecendo que a indenização seria paga com base nas informações das concessionárias distribuidoras de água tratada. O juiz mandou que a Fundação Renova colocasse em seu site, no prazo de 15 dias, a informação oficial de quantos dias cada cidade tenha ficado sem a distribuição de água potável.
No caso de Baixo Guandu, uma declaração do SAAE dá conta de que foram 20 dias de desabastecimento, o que garantiria uma indenização individual de R$ 40 mil.
Somente hoje, mais de 300 pessoas já haviam sido atendidas pelo escritório de advocacia. É interessante ressaltar que o “cadastro” que estaria sendo feito ali não tem qualquer tipo de ligação com o SAAE.