Ao incitar atos violentos e criminosos contra a democracia para o dia 7 de setembro, o cantor sertanejo bolsonarista começa a sentir no bolso a perda do prestígio que tinha como ex-artista. Agora é visto como fascista e guerrilheiro digital
Antes de iniciar a sua guerrilha digital a favor do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (sem partido), o então cantor sertanejo de 81 anos tinha imaginado fazer um álbum reunindo os maiores nomes da música popular brasileira. Mas, após virar um extremista de direita investigado pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Sérgio Reis começa a colher os frutos da sua estupidez. Os artistas estão desistindo de participar desse novo álbum musical.
Na última semana, Guarabyra anunciou que estava se retirando do novo disco idealizado pelo bolsonarista Sérgio Reis, e disse que havia desistido de gravar Sobradinho (Luiz Carlos Sá e Guttemberg Guarabyra, 1977) com o cantor. Antes, logo que os crimes contra a democracia de Sérgio Reis foram tornados públicos, Guilherme Arantes havia dito que tinha abandonado. Arantes desautorizou o cantor a incluir no disco o dueto que fizera com Reis na canção Planeta Água (Guilherme Arantes, 1981).
Zé Ramalho proíbe usar “Admirável gado novo”
Em seguida, a cantora Maria Rita informou que também se retirou do álbum, do qual participaria em regravação de Romaria (1977), música do compositor Renato Teixeira, com quem Sérgio Reis já fez discos e shows. No último sábado (21), foi a vez de Zé Ramalho anunciar que proíbe Sérgio Reis de usar no álbum a gravação de Admirável Gado Novo (Zé Ramalho, 1979) feita por Reis em dueto com Ramalho.
Outros artistas convidados para o disco – como as cantoras Anastácia e Paula Fernandes – ainda não se pronunciaram e optaram em ficar em silêncio. Sérgio Reis está proibido pelo STF em transitar na Praça dos Três Poderes, em Brasília, devido ás suas incitações criminosas pela internet para que os grupos bolsonaristas atacassem o STF e “destruísse tudo”, conforme as palavras que ele falou.