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Indefinição do Estado sobre a situação dos trocadores levou categoria a realizar nova greve

Trocadores, impedidos de trabalhar pelo Governo do Estado, fazem greve para exigir retorno ao serviço | Foto: Divulgação Ceturb

A indefinição do Governo do Estado em definir a situação dos trocadores de ônibus da região metropolitana de Vitória, que foram impedidos de trabalhar há um ano, levou a categoria a promover uma nova paralisação nesta segunda-feira (8). Os grevistas estão deixando circular apenas os ônibus com janelas lacradas e com ar condicionado, que é alvo de reclamações dos usuários pelo fato de circularem lotados e com pessoas sem máscaras, em plena segunda onda da pandemia do Covid-19.

A alegação do Governo do Estado, de acordo com sindicalistas, de que é para evitar a contaminação com o novo coronavirusl, não se sustenta já que o governador Renato Casagrande não adotou medidas restritivas de circulação e de aglomeração. Os grevistas apontam para os próprios ônibus com ar condicionado que continuam circulando superlotados, os bares e restaurantes cheios, a volta às aulas presenciais impostas pelo Governo do Estado, além das praias lotadas.

Paralisação

Diante da indefinição e de um projeto dos empresários de transporte coletivo em acabar com os trocadores, para elevar o lucro, o Sindicato dos Rodoviários garante que a volta dos trocadores ao serviço vai acabar com a paralisação. A Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) e a Ceturb-ES emitiram nota na manhã desta segunda-feira e acabou reforçando o argumento dos grevistas.

Tanto a Semobi quanto a Ceturb-ES não fizeram referência à volta da atividade econômica do Espírito Santo à sua plenitude, como as aulas presenciais, comércio e shopping centers funcionando, cabine de pedágio recebendo dinheiro e dando troco. Os dois órgãos públicos afirmaram na nota que a ausência dos trocadores “permanece enquanto perdurar o Estado de Calamidade Pública declarado em virtude de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional, declarado pela Organização Mundial da Saúde em 30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus”.