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Indústria de fumo tem o 3º maior crescimento na arrecadação federal em julho, elevando em 79,99% o pagamento de IPI


O crescimento no volume de imposto arrecadado na indústria do fumo foi o terceiro maior, seguido dos tributos sobre combustíveis (241,56%) e do IPI de automóveis de luxo (122,07%. No Espirito Santo e no Rio de Janeiro, a Receita Federal festejou a quebra de recorde de crescimento de arrecadação de 11 anos


O recolhimento do IPI sobre a indústria de fumo teve o terceiro maior índice em julho último | Foto: Divulgação/Relatório/Souza Cruz

Enquanto no atual governo Bolsonaro, o Brasil possui 33 milhões de brasileiros passando fome, com o crescimento da miséria entre os mais pobres, as grandes empresas e o cidadãos mais ricos estão pagando mais impostos, impulsionados pelas vendas empresariais e pelo consumo de produtos de luxo, como os carros mais caros. É o que revela os dados divulgados pela Receita Federal nesta última sexta-feira (26), onde a arrecadação total das Receitas Federais no Brasil atingiu, em julho de 2022, o valor de R$ 202.5 bilhões, com acréscimo real (IPCA) de 7,47% em relação a julho de 2021.

No período acumulado de janeiro a julho de 2022, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1,3 trilhão em todo o País, representando um acréscimo pelo IPCA de 10,44%. O acréscimo observado no período pode ser explicado, principalmente, pelo crescimento dos recolhimentos de IRPJ e CSLL, diz a Receita. Na tabela, com detalhamento, o órgão arrecadador mostra que o maior crescimento entre julho deste ano e o mesmo mês do ano passado ocorreu com a Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) nos combustíveis, que apresentou crescimento de 241,56%, passando a receita de R$ 128 milhões para R$ 220 milhões.

Brasileiro está fumando mais e carros mais caros são mais vendidos

Um outro dado que chama atenção na planilha de receita divulgada pela Receita Federal é o crescimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) arrecadado da indústria de fumo. A receita desse tributo saltou de R$ 447 milhões, de julho de 2021, para R$ 804 milhões, com crescimento de 79,99%, o segundo maior entre todos os tributos federais a cargo da Receita. Já a indústria automobilística, que viu minguar as vendas de carros novos para a classe média, só não estrangulou porque os ricos estão em fila de espera para comprar veículos no valor de R$ 3,5 milhões.

Diante do aquecimento nas vendas dos carros de luxo, as vendas estão em franco crescimento e a arrecadação de impostos acompanha. Entre julho do ano anterior e o último mês de julho, a arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis cresceu 122,07%, indo de R$ 112 milhões para R$ 248 milhões, com retração sobre os R$ 342 milhões de IPI arrecadado em junho último. O Imposto de Renda sobre os rendimentos do capital financeiro gerou aumento de 67,90%

De janeiro a julho, a arrecadação da Receita Federal no Espírito Santo totalizou R$ 19,04 bilhões | Tabela: Receita Federal

Espírito Santo e Rio de Janeiro tiveram recorde de arrecadação

O Espírito Santo integra a 7ª Região Fiscal das receitas administradas pela Receita Federal juntamente com o Rio de Janeiro. Em julho último, a arrecadação de tributos federais foi de R$ 30,953 bilhões, registrando uma variação real (IPCA) de 20,58% em relação a julho de 2021. No período acumulado de janeiro a julho de 2022, a arrecadação alcançou o valor de 210 bilhões e 531 milhões de reais, representando um acréscimo pelo IPCA de 29,52% em relação ao mesmo período de 2021.

“Foi a maior arrecadação da 7ª Região Fiscal para o mês de julho nos últimos 11 anos”, festejou a Receita Federal em nota enviada à imprensa. “O bom desempenho pode ser explicado, principalmente, pelo incremento de 105,03% e 128,61% na arrecadação de IRPJ de empresas obrigadas à apuração do lucro real e CSLL demais empresas, respectivamente, de janeiro a julho de 2022, em relação a igual período do ano anterior”, justificou.

Considerando-se a arrecadação por divisão econômica (CNAE), a fabricação de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis destacou-se com uma variação de 200,20% no período de janeiro a julho de 2022, quando comparada ao mesmo período de 2021, fruto da valorização do preço da commodity petróleo no mercado internacional