Está em vigor desde a zero hora desta sexta-feira (11) o segundo aumento nos preços dos combustíveis, promovido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e que dessa vez elevou o diesel em 24,9%, a gasolina em 18,8% e o gás de cozinha majorado em 16%. Em apenas uma elevação de preço, o atual governo aumentou bem acima do reajuste anual do salário mínimo, que neste ano foi de apenas 10,18%. Dessa vez o argumento da Petrobras foi relacionado crise entre a Rússia e a Ucrânia, agravada com a falta de visão econômica do presidente americano Joe Biden, que cortou e determinou aos demais países satélites dos Estados Unidos que fizessem o mesmo. Sem alternativa de novo fornecedor, o preço internacional disparou. A ação de Biden contribuiu para elevar o lucro dos grandes fornecedores de petróleo.
De acordo com a Petrobras, o preço internacional do barril do petróleo ultrapassou a marca de US$ 130 (R$ 656,00). No primeiro aumento dos combustíveis, em 11 de janeiro último, o barril estava sendo negociado a US$ 83 (R$ 419,00). Nas distribuidoras, onde o valor negociado é menos da metade do que é pago pelo consumidor final, o preço médio da gasolina subiu nesta sexta-feira de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro. O diesel teve o valor médio elevado de R$ 3,61 para R$ 4,51. Já o gás de cozinha foi, na distribuidora de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo. A última alteração no preço do gás de cozinha ocorreu em outubro do ano passado.
Acionistas da Petrobras recebem lucro recorde
O que a Petrobras não consegue explicar é a brutal diferença de preço dos combustíveis praticado no Brasil, em comparação aos países vizinhos. Na Bolívia e no Paraguai, postos de combustíveis da própria Petrobras vendem o litro da gasolina por menos da metade do preço que é cobrado no Brasil. Na Argentina, os valores também são menos da metade do que é praticado no Brasil. Enquanto a Petrobras não justifica, os acionistas estão sorrindo por colocar no bolso o lucro recorde da Petrobras de R$ 106,67 bilhões obtido no ano passado.
Em nota distribuída à imprensa, a Petrobras, após anunciar a mega elevação de preço, disse: “Dessa forma, a Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.