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Judiciário do ES faz mistério sobre juízes, empresário e deputado investigado por corrupção

Ao contrário do que ocorre com o cidadão comum, investigado, Judiciário faz mistério de corrupção de juízes, deputado e empresário

O judiciário do Espírito Santo está fazendo mistério na investigação por corrupção de dois juízes estaduais, um empresário e um deputado estadual. O processo existe, mas foi decretado “sigilo de justiça”, o que torna a peça processual diferente do que ocorre com qualquer contribuinte capixaba quando tem uma investigação criminal idêntica. O máximo que um cidadão comum pode ficar sabendo é que o processo foi protocolado no último dia 31 de maio, a pedido do Ministério Público Estadual (MPES).

Na quinta-feira da semana passada, dia 10 deste mês, a desembargadora Elisabeth Lordes atendeu a um pedido de liminar para permitir a quebra de sigilo telefônico e telemático dos investigados. Na última segunda-feira (14) a documentação processual foi destinada ao MPES, para dar prosseguimento às apurações criminais.

“Desconhece”

A partir daí, todos os órgãos vinculados ao judiciário optam por não dizer mais nada. O MPES emitiu nota nesta última sexta-feira (18) para desmentir informações que circularam em veículos de imprensa local e dizer que o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) não havia feito nenhuma operação de busca e apreensão nos endereços dos investigados. A Polícia Federal (PF) chegou emitir comunicado para dizer que desconhece a investigação de corrupção envolvendo juízes, parlamentar e empresários no Espírito Santo.

A sucessão de “desconhecimento” prosseguiu na Polícia Civil e até no Supremo Tribunal Federal (STFP). Apenas o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) admitiu que “há algo no ar”, ao generalizar e sem especificar ou afirmar a existência desse processo criminal, para dizer que “processos sobre esse tipo de investigação tramitam em segredo de justiça”.