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Justiça suspende leilão de antigo galpão do IBC em Jardim da Penha


A conquista pela suspenção do leilão, programado para ocorrer nesta terça-feira, foi das Defensorias Públicas do Estado e da União


Os galpões estão entre os prédios residenciais e fazem parte da história da região | Foto: Edital de venda do governo Bolsonaro

Foi cancelado o leilão que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) havia programado para esta terça-feira (12), às 13 horas, para vender um galpão do antigo IBC localizado na Rua Comissário Octavio de Queiroz, 520 – Quadra X, Bloco H, lotes de 1 a 15, em Jardim da Penha, em Vitória (ES). Quem conseguiu a suspensão do Edital Nº 23/2022, do Ministério da Economia, foi a Defensoria Pública do Espírito Santo, em conjunto como a Defensoria Pública da União.

As duas defensorias obtiveram uma determinação judicial para a suspensão da licitação dos Galpões do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC), marcada para esta tarde. Em sua decisão, o magistrado da 4ª Vara Federal Cível de Vitória determinou que a União retifique o edital de licitação, incluindo que os imóveis estão tombados provisoriamente pelo Conselho Estadual de Cultura do Espírito Santo.

A informação não consta no edital publicado atualmente, e que pode ser conferido clicando aqui. Segundo as Defensorias Públicas, viola o princípio da publicidade e o direito de acesso à informação pública. De acordo com as Instituições, os galpões “possuem grande importância histórica, cultural e urbanística para o bairro de Jardim da Penha, consistindo na mais antiga construção do bairro, motivo pelo qual foi aprovado, em novembro de 2021, o tombamento provisório”.

Tombamento

O processo de tombamento impede alterações que modifiquem ou destruam as estruturas originais de patrimônios considerados históricos e culturais. Com isso, mesmo que sejam vendidos à iniciativa privada, qualquer projeto de obra ou reforma nos galpões do IBC deve ser submetido ao Conselho Estadual de Cultura.

Desde que foi anunciada a possível venda dos imóveis à iniciativa privada, a Defensoria Pública passou a requisitar informações sobre o processo. A Instituição expediu ofícios requisitando informações à União Federal sobre a venda, participou de audiência pública sobre o tema na Câmara de Vereadores de Vitória e cobrou uma posição oficial da Superintendência do Patrimônio da União no Espírito Santo (SPU/ES) sobre a destinação do imóvel.