Segundo o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, no Espírito Santo agora, com a descoberta do sorotipo 2, tem em circulação dois tipos: O 1 e o 2. Não há registro da presença dos sorotipos 3 e 4 no Estado
O Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES) confirmou a circulação do DENV-2, conhecido como sorotipo 2 da dengue, no Espírito Santo. O trabalho de investigação realizado pelo Laboratório é mais uma resposta ao investimento do Governo do Estado à Vigilância Molecular capixaba.
O DENV-2 é um dos quatro sorotipos de vírus da dengue e a circulação dele não era detectada desde 2019 no Estado. Entretanto, já havia sido detectado no último ano em circulação no País.
“A amostra é de um caso que teve início dos sintomas no último dia 19 de fevereiro e com coleta no dia 23. Finalizamos a liberação do laudo confirmando a DENV-2 no último sábado (25). Esta amostra em análise desenvolveu febre, cefaleia, mialgia, dor retroorbital e vômito, mas não precisou de internação”, explicou o diretor do Lacen-ES, Rodrigo Ribeiro Rodrigues.
Rodrigues destacou a celeridade do Laboratório no resultado para a detecção da DENV-2. “Os investimentos no parque tecnológico do laboratório nos últimos anos e a ampliação da vigilância genômica a demais vírus nos proporcionaram que o resultado fosse disponibilizado em menos de 24h pós-recebimento da amostra. Anteriormente, este tipo de processo poderia demorar dias. E, em breve, estaremos sequenciando também essas amostras para a confirmação de seus genótipos”, disse.
O diretor ressaltou ainda que o trabalho de vigilância molecular para as arboviroses é uma das ações no enfrentamento à dengue, uma vez que poderão mapear a possível circulação de linhagens e compreender melhor as rotas de introdução do vírus no Estado.
Orientações da Sesa para acabar com o mosquito da dengue:
Uma importante estratégia para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de arboviroses como dengue, zika e chikungunya, está na conscientização da população quanto às ações de cuidados. E esse trabalho se faz ainda mais importante uma vez que 80% dos focos encontram-se nas residências.
Seguem alguns cuidados importantes:
– Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;
– Tirar água dos pratos de plantas;
– Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;
– Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
– Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas;
– Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.
A dengue, segundo o Ministério da Saúde
De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue é a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. É uma doença febril que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos últimos anos. O vírus dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio.
O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença. É importante evitar água parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente. Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte, alerta o Ministério.
Sintomas
Os principais sintomas da dengue são:
Febre alta acima de 38°C;
Dor no corpo e articulações;
Dor atrás dos olhos;
Mal estar;
Falta de apetite;
Dor de cabeça;
Manchas vermelhas no corpo.