O Lacen-ES é um dos laboratórios que integraram o estudo dentro da Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
O Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES) é um dos laboratórios que integram a pesquisa sobre a expansão do vírus Oropouche (OROV) para regiões fora da Amazônia brasileira. A pesquisa, intitulada “Expansion of Oropouche virus in non-endemic Brazilian regions: analysis of genomic characterisation and ecological drivers”, foi publicada no último dia 15 de novembro na revista internacional The Lancet Infectious Diseases.
“É um trabalho inédito que analisou as características genéticas e os fatores ecológicos que impulsionaram a disseminação do vírus para fora da região amazônica neste ano de 2024. O Lacen-ES é um dos laboratórios que integraram o estudo dentro da Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e um dos destaques pelo elevado número de amostras analisadas para o artigo”, explicou o diretor do Lacen, Rodrigo Ribeiro Rodrigues.
O Espírito Santo foi um dos primeiros estados fora da região amazônica a registrar a circulação do vírus em território, ainda em abril deste ano, por meio da análise de amostras suspeitas de arboviroses negativas para dengue, Zika e chikungunya.
De acordo com o coordenador do Lacen-ES, a participação capixaba na pesquisa nacional auxilia também nos estudos que já estão sendo realizados pelo laboratório, cujo objetivo é transformar o Espírito Santo em referência em pesquisas com o Oropouche.
Sobre o estudo
Intitulado “Expansion of Oropouche virus in non-endemic Brazilian regions: analysis of genomic characterisation and ecological drivers”, o estudo é uma iniciativa do Laboratório de Virologia Molecular da Fiocruz Paraná com a participação de laboratórios que compõem a Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O estudo associa essa dinâmica à proximidade de culturas agrícolas específicas, como plantações de bananas, que criam um ambiente propício para a proliferação do inseto vetor.
Além disso, por meio de análises genômicas, o estudo descreve a dispersão da nova variante recombinante do OROV pelo Brasil, estabelecendo transmissão local em diversos estados e, também, adquirindo novas mutações cujo impacto biológico ainda precisa ser investigado.
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