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Local do encontro oficial de Casagrande e Moro foi mudado do Centro de Vitória para a Praia da Costa

O governador do PSB e o ex-juiz parcial Sergio Moro, que tenta sem sucesso aparecer nas pesquisas de opinião para a Presidência, se encontram neste sábado (12) na residência oficial em Vila Velha, a portas fechadas e longe da imprensa. O novo local dificulta protestos da população contra a presença de Moro no Espírito Santo

O encontro de Casagrande e Moro será reservado, longe da presença da imprensa | Foto: Arquivo/Secom

A recepção oficial que o governador do Partido Socialista Brasileiro (PSB) do Espírito Santo, Renato Casagrande, vai oferecer neste sábado (12) ao ex-juiz parcial que condenou politicamente e sem provas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não será mais no Palácio Anchieta, no Centro Histórico de Vitória. O encontro de Casagrande, que já está percorrendo diariamente o Estado na busca do seu quarto mandato foi transferida para um local distante da população e da imprensa. A reunião dos dois vai ocorrer às 8h30 na residência oficial da Praia da Costa.

De acordo com a assessoria do governador do PSB, a reunião de Casagrande e de Moro será fechada e sem a permissão para a imprensa registrar ou de fazer entrevistas. O assunto do que será conversado também não foi dito. A assessoria tentou minimizar o encontro, que contribuiu para fazer um estrago nas negociações nacionais que vinha sendo costuradas entre o PT e o PSB, com o intuito de realizar um acordo para o apoio do PSB à candidatura de Lula. Casagrande optou em receber, com pompa oficial, o desafeto de Lula.

Moro já se encontra no Espírito Santo. Ele chegou no meio da tarde e participa nesta sexta-feira, das 18h às 20h de um evento de promoção de sua campanha política promovida grupo Buaiz, dono do moinho de trigo do mesmo nome, do Shopping Vitória e da Rede Vitória (TV Vitória/Record, Rádio Jovem Pan Vitória e portal Folha Vitória) denominado de “7º Encontro Folha Business”. O evento tem a presença do chefe de assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia do governo Bolsonaro, Adolfo Sachsida e de alguns empresários. Oficialmente, o encontro diz que é para discutir o que Moro gosta de falar, a “terceira via”, mas no convite diz que o evento é para avaliar as “expectativas para o ano” e de ter “um painel a respeito da situação fiscal do país e suas implicações a mercado”. A questão de apoio político ao ex-juiz não é dita oficialmente.

Neste sábado, após a reunião a portas fechadas com Moro, o governador do PSB embarca no helicóptero do governo estadual e vai promover a sua campanha para o quarto mandato de governador. Casagrande tem agenda em Guarapari às 10 horas, onde vai assinatura da ordem de serviço para pavimentação da Rodovia ES 060 – sub trecho 1,. entre Setiba e a entrada da Rodovia Jones dos Santos Neves e o subtrecho 2, ligando a Es 060 a Setiba. O local onde a população foi convidada a assistir a cerimônia é na orla de Setiba, próximo ao trailer, em Guarapari.

Café da manhã sigiloso entre Moro e Casagrande

“É um café da manhã cortesia, igual ele (Casagrande) fez com Ciro (Gomes), (João) Dória, Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul) e cabo Daciolo”, minimizou a assessoria. A lista de quem vai participar da recepção do governador do PSB ao ex-juiz das acusações infundadas à Lula também não foi revelada pela equipe de Casagrande. “Não é uma agenda aberta à imprensa. Apenas irão os convidados do Moro, que foi quem solicitou a agenda”, justificou a assessoria de imprensa direta do governador do PSB.

A listagem dos convidados é conhecida do anfitrião, mas a opção apenas foi a de nã revelar quem acompanha. O acessoàresidênciaoficial é restrito na casa oficial da Praia da Costa, que é uma espécie de bunker, com muros altos e guarita policial onde é feita a checagem de quem entra e de quem sai. Populares e a imprensa estão impedidos de entrar no local durante a reunião de Casagrande e Moro. O que foi combinado ou deixado de combinar, em relação as eleições presidenciais não serão de conhecimento do eleitorado e nem dos contribuintes capixabas.