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Logo após Barroso, do STF, falar sobre o envolvimento do Exército com política, Ministério da Defesa ataca ministro

Assista trechos do depoimento do ministro Barroso durante videoconferência em debate acadêmico internacional sobre o envolvimento do Exército com política extremista | Vídeo: Canal Grafitti News no YouTube

Ao contrário das denúncias comprovadas de compra de bebidas alcoólicas, picanha para churrasco, salmão, Viagra, próteses penianas, onde as Forças Armadas se emudeceram, mas para contestar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, os militares foram ágeis. No início da tarde deste último domingo, Barroso, durante participação em um seminário acadêmico internacional que discutiu a atual situação brasileira, ele condenou o uso político que vem sendo dado no atual governo Bolsonaro para atacar o processo eleitoral. No final da noite, em nota assinada pelo ministro de Bolsonaro para a Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ele audaciosamente respondeu com ataques ao alerta do ministro do STF.

Em mensagem nas redes sociais, Barroso e sem citar o nome do atual presidente, voltou a defender a integridade do processo eleitoral, e das urnas eletrônicas e disse que com o envolvimento do Exército na política, há risco de “retrocesso cucaracha”. E citou como exemplo o que aconteceu na Venezuela nas últimas duas décadas, lembrando que o país vizinho se tornou um “desastre humanitário”. “Tenho a firme expectativa que as Forças Armadas não se deixem seduzir por esse esforço de jogá-las nesse universo indesejável para as instituições de Estado que é o universo da fogueira das paixões políticas”, disse o ministro do STF.

“E até agora o profissionalismo e o respeito à Constituição têm prevalecido. Mas não se deve passar despercebido que militares profissionais e admirados e respeitadores da Constituição foram afastados, como o general Santos Cruz, general Maynard Santa Rosa, o próprio general Fernando Azevedo. Os três comandantes, todos foram afastados. Não é comum isso, nunca tinha acontecido”, prosseguiu Barroso.

Ministério da Defesa de Bolsonaro chamou Barroso de irresponsável

“Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”, diz o bolsonarista que controla o Exército, Marinha e Aeronáutica.

“Por fim, cabe destacar que as Forças Armadas contam com a ampla confiança da sociedade, rotineiramente demonstrada em sucessivas pesquisas e no contato direto e regular com a população. Assim, o prestígio das Forças Armadas não é algo momentâneo ou recente, ele advém da indissolúvel relação de confiança com o Povo brasileiro, construída junto com a própria formação do Brasil”, completou o chefe das Forças Armadas. Leia a íntegra da nota do Ministério da Defesa clicando neste link