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Lula se reuniu com editores do WikiLeaks e exige que jornalista Julian Assange seja libertado

Lula com o editor-chefe do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson e com o editor do portal, Joseph Farrell | Foto: Cláudio Kbene/Twitter/Lula

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu nesta última quarta-feira (30) com o editor-chefe do WikiLeaks Kristinn Hrafnsson e o editor do portal Joseph Farrell e após o encontro exigiu que o jornalista australiano Julian Assange fosse libertado da sua “injusta prisão” e reafirmou a sua defesa de Assange e da liberdade de imprensa. Assange está preso em Londres enquanto aguarda a sua extradição para os Estados Unidos, onde o jornalista é acusado de espionagem. Por ter publicado documentos comprovando crimes de guerra dos Estados Unidos.

“Fui informado sobre a saúde de Julian Assange e a luta pela sua liberdade. Pedi-lhes que lhe enviassem a minha solidariedade. Que Assange seja libertado da sua injusta prisão”, disse o presidente eleito brasileiro em postagem na sua conta noTwitter. Em resposta à Lula, Hrafnsson disse na mesma rede social que na reunião privada, o presidente eleito brasileiro expressou o seu apoio constante a Assange e o seu pedido para que cesse a perseguição que o jornalista está sofrendo.

De acordo com o editor-chefe do WikiLeaks, o líder petista disse acreditar que a perseguição contra Assange “ameaça a liberdade de imprensa em todo o mundo” e acrescentou: “Um verdadeiro homem de paixão, visão e simpatia. Obrigado, Lula”, acrescentou o editor-chefe do WikiLeaks. Hrafnsson se encontra em vistia aos países latino-americanos, na busca de que os governos exerçam pressão sobre as autoridades norte-americanas para garantir a liberdade do jornalista australiano.

Lula registrou o encontro com os representantes do WikiLeaks na sua conta no Twitteer | Imagem: Lula/Twitter

Nesta última quarta-feira, os representantes do WikiLeaks estiveram em um ato promovido pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. Na semana passada eles se avistaram em Bogotá, na Colômbia, com o presidente colombiano Gustavo Petro, que garantiu de que vai pedir ao atual presidente americano, Joe Biden, para não avançar com a acusação feita pelo seu antecessor Donald Trump, contra o fundador do WikiLeaks, que foi preso apenas por “por dizer a verdade.”

Ao mesmo tempo em que os editores fazem essa viagem pela América do Sul, a grande imprensa internacional faz apelos a Biden. É o que ocorreu nesta semana com o diário espanhol El País, o francês Le Monde, o inglês The Guardian, o americano New York Times e o diário alemão Der Spiegel, que apelaram a Washington para retirar as acusações contra Assange, que é acusado de uma fuga maciça de documentos classificados. Assange, de 51 anos, recorreu da decisão de um tribunal britânico de extraditá-lo para os Estados Unidos, que o quer julgar por ter libertado centenas de milhares de documentos militares e diplomáticos confidenciais dos EUA desde 2010, especialmente sobre a base naval de Guantanamo e as guerras no Afeganistão e Iraque.

Após ficar sete anos como refugiado dentro da embaixada do Equador em Londres, Assange foi preso pela polícia britânica em 2019 para ser julgado por 17 acusações de violação a uma lei de espionagem americana de 1917. Há três anos o jornalista se encontra em prisão de alta segurança britânica, localizada no Sudeste de Londres. No último dia 17 de junho, o ministro do Interior conservador inglês, Priti Patel, aprovou a extradição de Assange para os Estados Unidos. Se condenado por espionagem pelo sistema judicial dos Estados Unidos Assange pode vir a ser condenado a 175 anos de prisão.