Com as presenças de representantes do Partido Socialista Brasileiro, Rede Sustentabilidade, Partido Comunista do Brasil, Partido dos Trabalhadores, Cidadania, Partido Socialismo e Liberdade, entre outros, mais de 205 entidades LGBTI+ brasileiras e internacionais, assinaram um manifesto suprapartidário em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, no segundo turno. O manifesto abaixo compreende as propostas construídas pelas entidades que assinaram até esta sexta-feira (14), e também as propostas adicionais. A informação é do presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Toni Reis.
No manifesto é expressado que nunca antes na história brasileira houve tanta violência explícita, ofensas, ataques e mortes e a afirmação é referendada com dados do Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil, elaborado por uma ONG da sociedade civil autônoma e cuja íntegra dos documentos elaborados por ser conferida clicando neste link.
O manifesto ainda destaca que a comunidade LGBTI+, no Brasil, ainda é um grupo minorizado e, ao lado de vários outros grupos identitários, vem sofrendo retrocessos desde que o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), foi empossado. Para a comunidade, o candidato Lula representa a esperança de “reestruturar o tecido social para que, em breve, possamos gozar de alguma segurança em nossas vidas”. Toni Reis pede às entidades, nacionais ou estrangeiras, que ainda não assinaram o manifesto, para que o façam clicando neste link.
Leia a íntegra do manifesto:
Manifesto LGBTI+, suprapartidário, pró eleição do Presidente Lula no 2º turno
“Nós, pessoas LGBTI+ e aliadas que assinamos o presente documento, MANIFESTAMOS nosso irrestrito apoio à candidatura do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República no 2º turno das eleições, a realizar-se em 30 de outubro de 2022.
Somamos, enquanto grupo minorizado e ao lado de vários outros grupos identitários, uma grande parcela da população brasileira que sofreu e sofre com os vários retrocessos ocorridos no cenário social desde as eleições do atual presidente. Não bastassem as várias políticas públicas que foram exterminadas por essa gestão, hoje somos pessoas que temos MEDO de andar nas ruas, de nos expressar, de ser quem somos.
Nunca antes na história deste país vivemos uma onda de tamanho medo, de violência explícita, de ofensas, ataques e mortes. Sim, estamos MORRENDO e é este país que não queremos mais. Em 2021 o número de mortes violentas de pessoas LGBTI+ subiu 33,3% em relação a 2020, de acordo com o Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil.
Entendemos que a candidatura de Lula é aquela que poderá reestruturar o tecido social para que, em breve, possamos gozar de alguma segurança em nossas vidas, além de voltarmos a conquistar nossos direitos. Direitos não só estagnados no atual governo, mas especialmente retirados, explícita ou implicitamente.
Por isso, gostaríamos de contar com o apoio de todas as pessoas, de todas as cidadãs e cidadãos que defendem a vida, dos eleitores, das demais candidatas e candidatos e, sobretudo, da Senadora Simone Tebet e do Ex-Governador Ciro Gomes, para que avancemos na redemocratização de nosso país.”
O que propõe:
– Fazer eventos atividades de visibilidade da campanha de Lula e Alckmin, ex.: piqueniques em parques, caminhadas, bandeiraços, “adesivaços”, festas temáticas (ex. Lula Lá).
– Fazer lives com formadores de opinião.
– Presença da pauta LGBTI+ em debates.
– Diálogo com evangélicos progressistas.
– Diálogo com eleitores de Simone e Ciro.
– Não postar (repostar), nas redes sociais, nada que faça menção à outra chapa.
– Não propagar fake fews, e denunciá-las nos canais de denúncia:
Página do TSE para recebimento de denúncias:
Link para fazer denúncia diretamente ao PT:
– Destacar democracia / verdade para combater fake news.
– Desconstruir fake news sobre LGBTI+.
– Posicionamento nas redes: “Vou votar no Lula”.
– Comunicar que não é bom no adversário inominado.
– Participar de comunidades do facebook – comunicadores populares.
– Usar redes como instagram, facebook, telegrama, tiktok.
– Parceria com influenciadores em mídias sociais.
– Compartilhar as conquistas dos mandatos do presidente Lula.
– Fazer conteúdo relembrando o Programa Brasil sem Homofobia e outros programas sociais dos governos do Lula.
– Inserção de conteúdos com mães e pais de LGBT falando sobre a segurança de seus filhos e filhas.
– Fazer debates nos locais educacionais (universidades, faculdades, colégios, escolas…).
– Portas de escolas, universidades.
– Ampliar o diálogo nas ruas, praças e locais de aglomeração(mais campanha na rua).
– Oficinas (na rua) de cartazes pró Lula, pró-diversidade.
– Equilibrar campanha entre redes e rua.
– Olhar para LGBTI+ nas periferias.
– Realizar campanha na porta de baladas LGBTI+.
– Buscar apoio em entidades de causas/pessoas ameaçadas, além dos LGBTI+ (indígenas, CNBB, religiões de matriz africana, movimento negro, pessoa com deficiência, sindicatos, artistas -teatro, cinema, música).
– Card padronizado com bandeira LGBTI+ e Lula 13 para uso em redes sociais.
– Manter respeito para com eleitores de Ciro e Simone.
– Lançar campanha “o que você espera com a volta de Lula?” como estratégia de resgate de memória.
– Lembrar com a educação foi incentivada nos governos do Lula.
– Criar grupos que se proponham a fazer “corpo a corpo” em diferentes cidades do país.
– Criar grupos de whatsapp nacionais, estaduais, municipais e de amigos.
– Dialogar com as classes média e média-alta sobre economia, sem “economês”, sem intelectualidades da academia. Facilitar o discurso.
– Parada LGBTI+ pró Lula logo antes do dia 30.
– Barracas na rua – na última semana antes das eleições, decoradas com as cores do arco-íris