Mais um vídeo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fazendo propaganda de medicamentos sem nenhuma eficácia contra o Covid-19 foi removido, nesta semana, pelo YouTube de sua plataforma. O vídeo onde Bolsonaro divulga a cloroquina foi postado no seu canal no YouTube com o nome de Jair Messias Bolsonaro no dia 14 de janeiro deste ano e integrava a sua live semanal. Mesmo com atraso com mais de três meses, a plataforma pertencente ao Google tirou sob o argumento de que vila a sua política de informação correta sobre o Covid-19.
É um vídeo onde Bolsonaro diz várias besteiras, que devido a enorme estupidez foi noticiada na época. É onde o presidente diz que o “kit covid” não “faz mal” e diz: “Quero repetir aqui a história. Guerra do Pacífico. Os soldados chegavam lá feridos, não tinha sangue, não tinha doador. Colocaram o que na veia do cara? Água de côco. E deu certo. Se fosse esperar uma comprovação científica teria morrido quantas pessoas na Guerra do Pacífico que não morreram?”
O mesmo vídeo continua acessível na conta de Bolsonaro no Facebook, que é o mesmo proprietário do WhatsApp e ainda não teve o cuidado de remover. De acordo com nota do YouTube, a plataforma de vídeos aumentou o combate às políticas de desinformação sobre a Covid-19, passando a remover vídeos que divulguem o uso de medicamentos sem comprovação científica para o tratamento ou prevenção da doença, como é o caso da cloroquina, hidrocloroquina e ivermectina.
Remoção de vídeos com desinformação
“Como parte de nosso trabalho contínuo para apoiar a saúde e o bem-estar da comunidade de usuários do YouTube, expandimos nossas políticas de desinformação médica sobre a Covid-19. A menos que haja contexto educacional, documental, científico ou artístico suficiente, a plataforma passará a remover vídeos que recomendam o uso de Ivermectina ou Hidroxicloroquina para o tratamento ou prevenção da Covid-19, fora dos ensaios clínicos, ou que afirmam que essas substâncias são eficazes e seguras no tratamento ou prevenção da doença”, prosseguiu o YouTube.
O YouTube, de propriedade do Google termina a sua nota: “A atualização está alinhada às orientações atuais das autoridades de saúde globais sobre a eficácia dessas substâncias. Desde o início da pandemia, o YouTube já removeu mais de 850 mil vídeos por violarem as políticas de conteúdo da plataforma sobre o coronavírus”.