Dentro das comemorações pelos 70 anos da Ufes, e em homenagem à primeira vez o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), em memória de Zumbi dos Palmares) será feriado nacional, a Ufes apresentará neste mês os professores negros em sete décadas de história
Quantos professores negros você teve ao longo do seu curso de graduação? Quantos pesquisadores negros orientaram sua pesquisa durante a pós-graduação? Quantas vezes você viu personalidades negras na mídia, abordando assuntos para além de pautas raciais?
A partir desses questionamentos, equipes da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade (Saad), do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab) e da Secretaria de Comunicação (Secom) se uniram em uma ação intersetorial com o objetivo de apresentar alguns docentes da Ufes autodeclarados negros e falar tanto para a comunidade acadêmica quanto para a sociedade capixaba sobre a presença negra na história da Universidade e a diversidade de suas linhas de pesquisa.
Essa ação, que faz parte das comemorações pelos 70 anos da Ufes, acontece no ano em que pela primeira vez o Dia da Consciência Negra (20 de novembro, em memória de Zumbi dos Palmares) será feriado nacional. Os professores serão apresentados em reportagens publicadas neste portal.
Vídeos
A série especial também conta com entrevistas em vídeo que buscam revisitar histórias e memórias individuais e coletivas sobre as atividades e lutas protagonizadas pela militância negra e pelas organizações negras capixabas na Ufes. Elas serão exibidas nas redes sociais da Universidade e no canal Ufes Oficial no Youtube.
Idealizador do projeto, o secretário de Ações Afirmativas e Diversidade, Gustavo Forde, diz que o continente africano constitui um berço da ciência e da tecnologia e, por isso, é importante reposicionar e amplificar a visibilidade e o conhecimento das pesquisas acadêmicas, científicas e tecnológicas produzidas pelos pesquisadores negros da Instituição. “Neste mês em que se comemoram a memória de Zumbi dos Palmares, a experiência societária e civilizatória trazida pelo Quilombo dos Palmares e os 70 anos da Ufes, nada mais necessário do que amplificar uma parcela da produção científica que os descendentes de africanos afro-brasileiros têm produzido na nossa Universidade”, ressalta.
É a trajetória de Forde, inclusive, que abre a série de reportagens do portal da Ufes na próxima terça-feira, dia 5. As publicações serão semanais, sempre às terças e quintas-feiras, até o fim do mês de novembro.
Segundo dados da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), atualmente a Universidade conta com 1.755 professores nos quatro campi, dos quais 419 (23,8%) se autodeclaram pretos ou pardos.
Texto: Adriana Damasceno