O governo do presidente Jair Bolsonaro adotou nesta última sexta-feira (12) uma censura aos estudos científicos do Instituto Chico Mendes (ICMBio), que agora somente poderão ser tornados públicos após passar pelo crivo de um censor militar. Através de uma portaria assinada pelo presidente do órgão, Fernando César Lorencini, todas as pesquisas passarão pelo crivo de um censor militar, mesmo que não tenha o mínimo de conhecimento técnico para entender o que está avaliando.
Somente após o aval do censor é que o estudo científico poderá vir a ser divulgado. O ato que oficializa a censura saiu publicado no Diário Oficial da União e estabelece a censura prévia a partir do próximo dia primeiro de abril.
O militar da reserva que vai adotar a censura já foi nomeado para ocupar o cargo de diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio. O militar da reserva é o tenente coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo, Marcos Aurélio Venâncio.