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Militar que comanda a Anvisa rebate russos e diz que agência não fez Fake News contra a Sputnik V

Militar que comanda a Anvisa rebate acusações do fabricante russo da vacina Sputnik V contra o Covid-19 |\ Foto: Reprodução YouTube

O contra-almirante da Marinha Antonio Barra Torres, nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para presidir a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), fez um pronunciamento através da plataforma YouTube nesta última quinta-feira (29) para se defender das acusações de que tomou decisão política e espalhou Fake News contra a vacina russa Sputnik V. O imunizante russo foi aprovado por 62 países, incluindo o México, Argentina, Paraguai, Bolívia e Venezuela e em nenhum deles houve constatação de que a vacina contém retrovírus replicante ativo.

No seu pronunciamento o militar que comanda a Anvisa negou que a agência estivesse espalhando informações falsas sobre o imunizante russo, destacando que a presença de adenovírus replicantes na vacina teria sido notada nos próprios documentos enviados pelos fabricantes ao Brasil. Dizendo que a Anvisa segue aberta para analisar novas informações da Sputnik V, o contra-almirante disse: “As informações sobre a presença de adenovírus replicantes constam dos documentos entregues à Anvisa pelo desenvolvedor da vacina Sputnik V”.

Assista a íntegra do pronunciamento do presidente da Anvisa. Atenção: O vídeo se inicia a partir dos 5 minutos | YouTube

Adenovírus negado

De acordo com o portal de notícias russo Sputnik, s responsáveis pela vacina, no entanto, negam a presença desse adenovírus replicante e criticam a Anvisa por ter afirmado isso sem ao menos ter realizado um teste com o imunizante, como confirmado pelo gerente de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes Lima Santos. A vacina Sputnik V utiliza como vetores dois adenovírus — que, em humanos, são causadores de resfriado —, o Ad5 e o Ad26, de acordo com o fundo russo responsável pela fabricação do imunizante.

Técnicos da Anvisa, no entanto, afirmam que o dossiê recebido mostra que o Ad5 havia conseguido se recombinar e recuperar a capacidade de se replicar. “O Centro Gamaleya, que realiza um controle de qualidade rigoroso de todos os locais de produção da Sputnik V, confirmou que nenhum adenovírus competente para replicação (RCA) foi encontrado em qualquer um dos lotes de vacina da Sputnik V que foram produzidos. Os controles de qualidade existentes garantem que nenhum RCA possa existir na vacina Sputnik V”, disseram os responsáveis pela vacina russa.

TECNOLOGIA DE PURIFICAÇÃO

Os desenvolvedores destacam ainda que, além de utilizarem apenas vetores adenovirais não replicantes e inofensivos para o corpo humano, a qualidade e a segurança da Sputnik V são garantidas, entre outras coisas, pelo fato de que, ao contrário de outras vacinas, ela usa uma tecnologia de purificação de quatro estágios, sendo dois de cromatografia e dois estágios de filtração de fluxo tangencial.

“Essa tecnologia de purificação ajuda a obter um produto altamente purificado que passa pelo controle de qualidade obrigatório, incluindo controle de RCA ou presença de qualquer aditivo. O controle para RCA é realizado não apenas para o produto acabado, mas também em todas as etapas da produção, incluindo a semente viral. A equipe da Sputnik V acredita que sua tecnologia de purificação é a melhor entre todas as vacinas e é um dos pilares para a segurança das vacinas.”