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Mineradora AngloGold Ashanti afirma não ter interesse em explorar jazidas em terras indígenas

Mina de ouro explorada pela AngloGold Ashanti em Minas Gerais | Foto: Arquivo/Divulgação

Em relação a uma denúncia feita pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), publicada pelo Grafitti News nesta última terça-feira (1º) sob o título “Grandes mineradoras, como a Vale, querem se apropriar das terras indígenas para explorar as riquezas”, a mineradora AngloGold Ashanti entrou em contato com este portal de notícias para afirmar que “a companhia não opera e nem tem interesse em operar nessas áreas”. O nome da AngloGold Ashanti foi citado pela APIB, juntamente com outras oito mineradoras.

Na nota encaminhada ao Grafitti News, a mineradora multinacional disse textualmente: “Esclarecimento da AngloGold Ashanti sobre mineração em Terras Indígenas. A AngloGold Ashanti informa que não opera e não tem interesse em operar em Terras Indígenas (TIs). Na década de 1990, a produtora de ouro solicitou requerimentos de pesquisa mineral em diversas regiões no país. Três dessas áreas posteriormente foram demarcadas como Terras Indígenas (TIs), o que levou a companhia a desistir das mesmas.”

“A decisão foi protocolada junto à Agência Nacional de Mineração (ANM) no final da década de 1990. No entanto, como não houve atualização do processo no sistema da ANM, a AngloGold Ashanti ratificou a retirada do requerimento de pesquisa em 21 de junho de 2021. Atualmente, os investimentos da empresa no Brasil estão concentrados basicamente na expansão de suas minas localizadas em Minas Gerais e Goiás”, finalizou a mineradora em sua nota.

Explora ouro na África do Sul

A AngloGold Ashanti foi formada em 26 de abril de 2004, depois que o Tribunal Superior de Gana aprovou a fusão da AngloGold e da Ashanti Goldfields Corporation. A AngloGold era uma empresa de mineração de ouro com sede na África do Sul, de propriedade majoritária do Anglo American Group. Isso aconteceu quase um ano depois que a fusão foi anunciada em 16 de Maio de 2003. A nova empresa vendeu sua Mina De Ouro Union Reef no território do Norte da Austrália em agosto de 2004, seguida pela venda da Mina De Ouro Freda-Rebecca no Zimbábue um mês depois.

No Brasil, a AngloGold Ashanti Brasil Mineração atua em um complexo de minas de ouro localizada perto da cidade mineira de Nova Lima e o local é conhecido como mina de Morro Velho. Outra mina que atua é a de Serra Grande, em Goiás.

Além da Vale, que quer se apropriar das riquezas das terras indígenas com o aval do governo Bolsonaro, estão as outras mineradoras citadas pela APIB: Anglo American, Belo Sun, Potássio do Brasil, Mineração Taboca e Mamoré Mineração e Metalurgia (ambas do Grupo Minsur), Glencore e Rio Tinto. A APIB desmente os anúncios recentes dessas grandes mineradoras de que abandonariam seus interesses em territórios indígenas. “Milhares de requerimentos minerários com interferências nessas áreas seguem ativos na base de dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) ”, afirma a entidade.