A Operação Lock Dow foi o desfecho da anterior, onde vários advogados foram presos por integrarem quadrilha de criminosos. Participaram da operação cinco promotores de justiça do MPES e dos Ministérios Públicos de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, além de 9 policiais militares do Espírito Santo, 91 policiais militares de Minas Gerais e 8 policiais militares do Rio de Janeiro
Completando a recente prisão de advogados capixabas, que faziam o serviço de “pombo-correio” entre chefes criminosos presos em penitenciária de segurança máxima, foi realizada nesta quinta-feira (22) a Operação Lock Dow. Segundo o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), a operação foi batizada de Lock Down em alusão ao cerco promovido para o encerramento das atividades da organização criminosa, comandada de dentro do sistema prisional, uma vez que seu principal líder está preso em Minas Gerais.
Na execução da operação desta quinta-feira, o MPES, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, atuou na Operação Lock Down, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Gaeco/MPMG. Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva nos municípios de Vitória e da Serra.
As prisões foram determinadas pela 4ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Comarca de Belo Horizonte. As ordens judiciais autorizaram a entrada em estabelecimentos comerciais e residências no Espírito Santo, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, pertencentes a pessoas investigadas pelo envolvimento com organização criminosa voltada para a prática de diversos crimes de tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro.
Participação de uma advogada
A quadrilha desarticulada era de grande porte contava com uma advogada que cuidava dos interesses da quadrilha, que era responsável por fazer o abastecimento de drogas nas regiões metropolitanas de Vitória e de Belo Horizonte. Eram os fornecedores dos chamados “pé-de-chinelos” os pequenos traficantes que se escondem nos morros. Sem divulgar os nomes dos presos e nem dos endereços onde foram feitas as buscas e apreensão, é possível ver nas fotos enviadas pelo MPES que as residências dos criminosos é de elevado padrão.
De acordo com nota enviada à imprensa pelo MPES, ao longo das investigações foram apreendidos da organização criminosa cerca de R$ 1 milhão em espécie, 40kg de cocaína e 500kg de maconha. A entidade informou que a mesma advogada envolvida com o crime prestava assessoria jurídica ao líder da organização, que também passava informações sobre investigações em andamento e sobre dados disponíveis em bancos de acesso restrito.