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Moradores de bairros de Vila Velha, mais atingidos pela violência, cobram solução a deputados

De acordo com a Secretaria de Segurança, a Praia da Costa é o bairro campeão em crimes contra o patrimônio | Foto: PMVV

Entre janeiro e este último domingo (13), o município de Vila Velha registrou 1.256 ocorrências de crimes contra o patrimônio, sendo que a Praia da Costa foi o bairro que liderou esse tipo de crime, com 184 casos, segundo as estatísticas oficiais da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp). Diante da insegurança nesse município da Região Metropolitana de Vitória, o Colegiado de Segurança da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) se reúne nesta segunda-feira (14) com a Associação de Moradores da Praia da Costa.

Na reunião, que ocorrerá na Ales a partir das 11 horas, estarão presentes os representantes dos bairros com maior ocorrência de assaltos a pessoas nas ruas este ano. Pelos números da Sesp,.após a Praia da Costa, vem Itapõa (com 97 ocorrências), Glória (88), Centro de Vila Velha (81), Praia de Itaparica (58), Coqueiral de Itaparica (45), Aribiri (40) e Ataíde (37).

Segundo a Sesp, na classificação de crimes contra o patrimônio em Vila Velha, a maior incidência entre o início de janeiro e o dia 13 de fevereiro é estelionato/fraudes, com 648 ocorrências. Em seguida vem roubo a pessoa em via pública (315), furto a pessoa em via pública (70), furto em residência/condomínio (70), furto em estabelecimento comercial (69), furto em transporte coletivo (30), crimes informáticos (20), roubo a estabelecimento comercial (17), roubo em transporte coletivo (10) e roubo em residência/condomínio (7).

Estatística oficial da Secretaria de Segurança, apontando os bairros com maior número de crimes contra o patrimonio

“Há problemas que nem vieram a público”

Para o presidente da Associação dos Moradores da Praia da Costa, Gilson Pacheco, na realidade os números são ainda piores do que os divulgados pelo órgão governamental. “A gente tem conhecimento de várias formas, pessoas que ligam eventualmente para a associação. A gente ouve muitas pessoas reclamarem de problemas que de repente nem vieram a público”, afirma Pacheco.

Segundo a Sesp, o horário com maior frequência de roubos é entre 19 e 20 horas e os objetos mais visados pelos bandidos são os aparelhos celulares e veículos. Além do número de ocorrências, outro fator que vem preocupando muito os moradores da região é a violência utilizada pelos criminosos.

Pacheco acredita que a impunidade acaba encorajando os infratores e defende reforma na lei que rege o sistema prisional brasileiro. “Isso tudo eu entendo quase como um estímulo para que as coisas continuem a ser cometidas de forma errada, de forma contrária ao que a população como um todo deseja”, conclui.

Dentre os assuntos que serão abordados na reunião estão a melhoria do serviço de videomonitoramento e do serviço de inteligência e prevenção, além do reforço do contingente da guarda municipal e do policiamento ostensivo da região.