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Motoristas devem se preparar para um novo aumento da gasolina. Abicon alega existir “defasagem” de 18%

Entidade que representa importadores de combustíveis diz que há “defasagem” de 18% no preço da gasolina | Foto: Agência Brasil

Os motoristas de automóveis e caminhoneiros devem ficar atentos porque o governo, do presidente Jair Bolsonaro (PL), vai contemplar nos próximos dias as grandes empresas de derivados do petróleo com um novo aumento salgado no preço da gasolina. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicon), que tem influência dentro da Petrobras, está alegando a existência de uma “defasagem” de preços de 18% na gasolina e de 8% para o diesel.

Enquanto o governo Bolsonaro impõe preços abusivos nos combustíveis, detona a economia e eleva a miséria no Brasil, o preço do litro da gasolina na vizinha Bolívia custa atualmente 3,74 pesos bolivianos (BOB), equivalente a US$ 0,545 (R$ 2.80) e o litro do diesel custa na Bolívia BOB 3,72 ou US$ 0,54 (R$ 2,79). Já na Argentina o preço médio de um litro de gasolina é 125,21 pesos argentinos (ARS), equivalente a US$ 1,07 (R$ 5,495).

Posto de combustível em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde o litro da gasolina custa um terço do que é cobrado no Brasil | Foto: Divulgação

Já no Espírito Santo, segundo a última pesquisa de preços feita pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre os dias 1º e 7 deste mês, o valor do litro da gasolina comum vai de R$ 7,30 (Posto Itaparica Petróleo e Comércio Ltda, bandeira Raizen, na Avenida Carlos Lindenberg, 1.395, Cobi de Cima) a R$ 7,89 (Posto Capixaba Comercio de Petroleo Ltda., bandeira Ipiranga, Avenida Carlos Lindemberg, 2423, Ibes; Posto Rodovia Ltda, Rodovia Otaviano Duarte Santos, s/nº Km 10, bandeira Vibra Energia, na Ilha de Guriri, em São Mateus e Auto Posto Senna Ltda, bandeira Raizen e o Avenida Comercio de Combustivel Ltda, bandeira Vibra Energia. Estes dois últimos em Cachoeiro de Itapemirim.

Tabela da Abicon dizendo que há “defasagem” de 18% no preço da gasolina e de 8% no diesel | Imagem: Abicon

Os barões dos combustíveis querem mais aumento

As grandes empresas, incluindo as estrangeiras que atuam no Brasil, não estão satisfeitas com o atual preço, que já é abusivo tanto na gasolina e quanto no óleo diesel. Querem mais aumentos. A Abicon faz um estudo diário do Preço de Paridade de Importação (PPI) e faz a cada 24 horas emite alertas sobre a existência de “defasagem” de 18% para a gasolina e de 8% para o diesel, apesar do aumento de 8,87% no combustível que movimenta os caminhões, que foi determinado pelo governo Bolsonaro para o combustível na última terça-feira (10).

Atuais preços médios dos combustíveis praticados pela Bolívia | Imagem: Global Petrol Prices

“O câmbio acumula ligeiros aumentos mantendo-se em um patamar elevado, enquanto o preço de referência no mercado internacional abriu em alta para gasolina e em baixa para o óleo diesel, não interferindo positivamente nas defasagens que seguem muito afastas da paridade e inviabilizam as operações de importação.  Defasagem média de -8% no óleo diesel e de -18% para a gasolina”, diz a entidade empresarial no seu comunicado.

Desde o governo Michel Temer, quando foi implantada a paridade dos combustíveis produzidos no Brasil com os preços internacionais, o governo Bolsonaro obteve uma receita tributária com o setor de R$ 447 bilhões. Os aumentos abusivos têm provocado retração na atividade econômica, desemprego elevado e milhões de brasileiros no mapa da fome.