Quase oito anos após o rompimento da barragem da mineradora de propriedade da Vale e da BHP Billiton, ainda é possível observar a permanência de machas e revolvimento de rejeitos de minério, destacou o MPES
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) anunciou nesta última sexta-feira (30) que realizou um sobrevoo de helicóptero em toda a porção capixaba do Rio Doce até a foz em Linhares. Em seguida, a comitiva, que teve a participação de instituições do sistema de Justiça estadual, foi até o litoral até São Mateus.
“Na ocasião, em razão das condições climáticas favoráveis, foi possível observar as manchas decorrentes da permanência e revolvimento do rejeito de minério proveniente do rompimento da barragem no litoral capixaba”, disse o MPES em nota. O órgão acrescentou que “segue atuando e adotando providências em relação ao desastre do Rio Doce, causado pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015.”
Manchas
Com esse objetivo, a coordenadora do Grupo de Trabalho de Recuperação do Rio Doce (GTRD), promotora de Justiça Elaine Costa de Lima, e integrantes de outras instituições do sistema de Justiça realizaram um sobrevoo para verificar a região capixaba atingida pelo desastre. Na ocasião, em razão das condições climáticas favoráveis, foi possível observar as manchas decorrentes da permanência e revolvimento do rejeito de minério proveniente do rompimento da barragem no litoral capixaba.
Após o voo, foi realizada uma visita técnica à sede do Projeto Tamar, em Linhares, para conhecer as demandas locais com os representantes dos atingidos. O objetivo dessas iniciativas é seguir adotando providências em busca da reparação dos danos decorrentes do desastre e discutir estratégias de recuperação ao meio ambiente.