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Negacionismo de Bolsonaro e relutância de Casagrande em adotar lockdown são alvos de críticas no combate ao Covid-19

Falta de coordenação nacional e de ação de governadores transformou o Brasil num risco parta o mundo | Foto: Internet

Um ano após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado o novo coronavirus (Covid-19), devido ao negacionismo do presidente Jair Bolsonaro e da sua falta de coordenação e de controle sobre a condução da doença, o Brasil tornou-se o epicentro mundial da doença. Descontrolado, o Brasil passou a ser um celeiro para criação de novas cepas do Covid-19 e se transformou numa ameaça para o mundo. Há negacionismo do presidente e de alguns gov ernadores, que teimam em achar que estão em uma ilha de exceção. “Um ano e cá estamos nós… condenados em um país sem rumo e sem coordenação da maior crise sanitária dos últimos 100 anos”, diz a epidemiologista e professora da Ufes, Ethel Maciel.

Bolsonaro e Casagrande

“2.286 mortes. Esse governo deixará as pessoas morrerem. Chegaremos como eles anunciaram a três mil mortes/dia. E como o governo falou: eles acham que não tem nada a fazer. Façam agora. Lockdown já. Salvem vidas. Assumam governadores e salvem vidas que ainda podem ser salvas”, diz a epidemiologista em suas sociais. A deputada estadual Iriny Lopes (PT) também está batendo de frente no negacionismo do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), que se nega a tomar medidas restritivas mesmo com a ocupação das UTIs com pacientes de Covid-19 estando acima de 80%.

Os ônibus com janelas lacradas e com ar condicionado do sistema Transcol continuam circulando superlotados normalmente e com passageiros sem máscaras e o governador não mandou interromper esses veículos como fez na primeira e mais branda onda do Covid-19. “O Brasil conduziu muito mal e continua conduzindo muito mal, com a performance já analisada, inclusive, por institutos de pesquisa, como pior país. Porque agora nós estamos sozinhos nesse negacionismo, o que vai isolar o país e vai colocar o Brasil em uma posição pior ainda frente à comunidade internacional”, complementa a epidemiologista Ethel Maciel.

Segundo a professora da Ufes, com a ausência do governo federal na administração, alguns Estados e municípios passaram adotar, sem uma coordenação central, medidas tímidas. Alguns estados, como o Espírito Santo, evita adotar o lockdown pensando apenas no lucro dos empresários e não nas vidas humanas que poderiam ser salvas. Alguns Estados adotaram medidas consideradas como meio-termo, ou seja, um toque de recolher de madrugada e fechamento de atividades não essenciais, mas a doença segue avançando.

“São (medidas) insuficientes porque estamos com uma vacinação muito lenta. As medidas de mitigação, as medidas não farmacológicas, estão sendo adotadas de forma ainda muito tímidas”, finaliza a professora da Ufes. Ela ainda chama a vacinação de “pífia”, uma vez que os idosos acima de 60 anos não sabem e nem tem idéia de quando serão vacinados.