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Nesta sexta (28) é comemorado o Dia Internacional do Orgulho Gay


No Espírito Santo, o Ministério Público Estadual lançou a campanha “Onde tem afeto, tem família” para celebrar o mês do Orgulho LGBTQIA+ “, que reúne depoimentos corajosos mostrando que onde tem afeto, tem família


Depoimento do promotor de Justiça do Espírito Santo, Jeferson Ribeiro Gozaga, dentro da campanha do MPES Onde tem afeto, tem família | Vídeo: Canal do MPES no YouTube

Nesta sexta-feira (28) é o Dia Internacional do Orgulho Gay, data comemorada universalmente e que lembra a rebelião no Bar Stonewall Inn, no bairro do Greenwich Village, em Nova York, quando os frequentadores do estabelecimento homoafetivo decidiram enfrentar a violência policial. Até então, esse era o único lugar seguro para o público LGBTQIA+. No ano seguinte, para celebrar a data, foi realizada uma marcha do orgulho gay, reunindo10 mil pessoas se reuniram para celebrar o aniversário da rebelião. Dali em diante, a data passou a ser celebrada mundialmente.

Depoimento da psicóloga Flávia Oliveira Souza e Silva dentro da campanha do MPES Onde tem afeto, tem família | Vídeo: Canal do MPES no YouTube

Como parte das comemorações deste Dia do Orgulho Gay, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) lançou a campanha “Onde tem afeto, tem família” para celebrar o mês do Orgulho LGBTQIA+ “. Em meio a tantos desafios e preconceitos vivenciados pelas pessoas LGBTQIA+, o acolhimento e o respeito da família têm papel fundamental para poderem viver a sua vida em plenitude, alcançando todas as suas potencialidades, cercadas de amor e respeito, como é direito de todo ser humano”, diz o MPES em nota enviada à imprensa.

Depoimento da tabeliã de notas de São Paulo Carla Watanabe dentro da campanha do MPES Onde tem afeto, tem família | Vídeo: Canal do MPES no YouTube

A campanha deste ano do MPES está sendo implementada pela Comissão de Direito à Diversidade Sexual e à Identidade de Gênero (CDDS), para o mês do Orgulho LGBTQIA+, que traz o slogan “Onde tem afeto, tem família”. A campanha apresenta uma minissérie com quatro vídeos testemunhais, contendo histórias de vida de famílias LGBTQIA+. A websérie, que é uma celebração ao amor, retratará por meio das redes sociais do MPES, também, as dificuldades compartilhadas por esses núcleos, experiências do cotidiano e, principalmente, o afeto e a empatia, sendo a essência de toda família.

A 12ª Parada LGBTQIA+ de Vitória (ES) será realizada em 28 de julho | Imagem: Associação Gold

12ª Parada LGBTQIA+ de Vitória

A 12ª parada LGBTQIA+ de Vitória (ES) vai ser realizada daqui a um mês, no dia 28 de julho, com concentração na Vila Rubim até o Sambão do Povo, local do evento, segundo a Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold). Neste ano o tema será a “População LGBTQIA+ na luta pela justiça ambiental.”

Segundo os organizadores, a Justiça ambiental visa “garantir que todas as pessoas, independentemente de sua identidade, tenham acesso igualitário a um meio ambiente saudável.” E completa: “Vamos mostrar que a luta por justiça e igualdade vai além de nós, é também pelo nosso planeta. Este é um ato de resistência, unindo nossas vozes em defesa da diversidade e do meio ambiente.”

Neste ano, a arte gráfica da 12ª Parada LGBTQIA+ de Vitória foi entregue à Auá Mendes, uma indígena do povo Mura. “É uma talentosa artista manauara do Amazonas. Formada em Tecnologia em Design Gráfico pela Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO), ela é uma designer gráfica, ilustradora, grafiteira, muralista e arte-educadora com um portfólio impressionante. Este ano ela foi a artista convidada para desenvolver a ilustração oficial da 12a. Parada LGBTQIA+ de Vitória”, informa a Gold.

Mesmo estando com o recebimento da propina em dia, os policiais de Nova York foram para o bar com o intuito de promover terror e fazer prisão de LGBTQIA+, gerando a revolta de Stonewall | Foto: Reprodução/Arquivo/NY Dally News

A origem da data

O bar Stonewall Inn era o único bar gay em toda Nova York, controlado pela máfia da família Genovese que, para manter o negócio de família, pagava uma propina semanal aos policiais norte-americanos. O Stonewall Inn era um bar que não possuía licença para comercializar bebidas alcoólicas, não tinha condições sanitárias e nem saída de emergência, ou seja, se aproveitavam da perseguição judiciária às pessoas LGBT+ para lucrarem ao máximo sobre a vida dessa clientela segmentada.

Naquela época, a legislação homofóbica nova iorquina não permitia o uso de duas peças ou mais do “gênero oposto” e isso significava a criminalização e detenção de mulheres e homens trans e drag queens. Mesmo estando o pagamento da propina em dia, os policiais adentraram no bar no dia 28 de junho de 1969, à 1h20 da madrugada. A música foi desligada e as luzes foram acesas indicando a presença de policiais no local.

A polícia foi, então, colocando de um lado os que estavam com “roupas adequadas para seu gênero”, para conferir sua identidade, e do outro lado os que estavam com roupas femininas, para serem vistoriadas quanto ao seu sexo por policiais mulheres. No que seria uma batida de rotina de quatro policiais que invadiram o local, bastou que uma mulher lésbica gritasse no momento em que era presa: “Porque não fazemos alguma coisa?. Foi a faísca necessária para incendiar o bar e todo o bairro, gerando assim a revolta de Stonewall, comemorada em todo o mundo. As manifestações se repetiram por vários dias seguidos.

A Revolta de Stonewall marcou o nascimento posterior da Frente de Libertação Gay e o nascimento de um movimento contra a força repressiva policial, contra a repressão estatal e contra a igreja e a família patriarcal, além de combater a homofobia. A frente de Libertação Gay foi um grupo de homossexuais revolucionários, que lutavam pela plena libertação sexual para todas as pessoas.

A homofobia é enraizada no Brasil e faz com que o país seja classificado como sendo a Nação onde mais se mata LGBTQIA+, onde muitas vezes o emprego é negado, e com isso empurrando a maioria da população trans para a prostituição. O Brasil é o país que coloca os piores postos de trabalho para os gays assumidos.