O isolamento social trazido pela pandemia do novo coronavirus (Covid-19) levou o professor de Biotecnologia da Ufes Marco Guimarães a deixar de lado o aspecto científico de suas produções e escrever um livro para o público infantil. Assim surgiu “Para uma criança ser feliz’.
Ele contou que tinha esse projeto, que acabou ficando engavetado com o tempo. Com a reclusão da quarentena, forçada pela pandemia, a proposta acabou sendo desengavetada.
“O livro é uma tentativa de estimular o público a se reconectar com a felicidade nas coisas mais singelas”, destaca o autor. O professor e pesquisador do Centro de Ciências da Saúde afirmou que a pandemia foi um momento importante para reflexões sobre a vida.
Distanciamento
“Acredito que estamos todos adoecidos por várias razões, e a pandemia só evidenciou isso. Assumimos uma vida com conexões falsas, com distanciamento da natureza, aumentando o nível de consumo. O que era ficção está se tornando realidade”.
A obra possui texto singelo e cheio de simbolismos, “Para uma criança ser feliz” chega ao leitor com o intuito de proporcionar um acalento e a inspiração para mudanças positivas.
O livro conta com ilustrações de Lívia Barreto e possui uma linguagem simples e acessível às crianças, mas se torna um convite à fruição de momentos de alegria de leitores de diferentes idades. “O livro é um manifesto para estimular as pessoas a observar o universo do frívolo, mas com olhar mais atento, com o qual se extrai alegria do nosso cotidiano em diferentes aspectos”, complementou Guimarães.
“Quem consegue contemplar a cultura, a arte, a dança ou a música, por exemplo, consegue transformar a sociedade”, destacou. Marco Guimarães é professor e pesquisador da Ufes desde 2010, atuando no desenvolvimento de estudos sobre utilização de nanopartículas para o carreamento de antígenos vacinais, kits de diagnóstico para os vírus da dengue, da zika e da chikungunya, e kit de diagnóstico rápido e de baixo custo para detecção do coronavírus.